Ontem consegui ter em mãos o livro “Casa das Estrelas” de Javier Naranjo, um professor colombiano que colecionou, a partir de suas relações de troca com seus alunos, definições sobre as mais diversas coisas da vida. Há definições morte, mãe, criança, solidão, professor, alma, etc. Todas elas são uma venda que cai dos olhos de adultos que, como eu, complicam tudo a tal ponto, que não consegue mais enxergar de maneira objetiva e poética simultaneamente. Não há rodeios para dizer de maneira certeira!
A linguagem infantil possui uma riqueza impar e reúne em si, uma forma de olhar tão particular que nos impressiona. É estranho ignorar o que as crianças têm a dizer, é negligente, na verdade. Sua voz precisa ser ouvida em todas as esferas para que possamos efetivamente aprender sobre e com elas.
Certamente, se você pegar esse livro nas mãos, você o lê inteiro, e não porque ele seja curto ou simples, e sim porque ele é incrível. Além das definições (uma mais linda, intensa, triste ou engraçada que a outra) as ilustrações do livro são outro convite! Dá uma olhadinha em algumas dessas riquezas:
Mãe: A mãe é a pele da gente. (Ana Milena, 5 anos)
Criança: É brinquedo de homens. (Carolina Alvarez, 7 anos)
Instante: É a única coisa que alguém pede a uma pessoa. (Leidy Johana Garcia, 10 anos)
Fonte: Naranjo, J. (Org.) Casa das Estrelas: O universo pelo olhas das crianças. Ed. Planeta.