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Algumas Palavras

Um ANO novo

Bem-vindo o ano novo de 2012!

Sempre que um novo ano começa paira no ar o clima de recomeço, de novidade, de esperança e de expectativa. Isso é muito gostoso, de fato.

Entretanto, a verdade é que o primeiro dia do ano é muito parecido com os demais e que o ano que se inicia pode ser excessivamente semelhante com o anterior, mas o mais interessante é que, ainda assim, isso pode ser muito gostoso, divertido e surpreendente.

Desejo a todos ótimos ANOS novos (reciclado ou velho), com ou sem muitas novidades, mas com a capacidade de gerar boas surpresas para toda a nossa vida!

OBS.: Para esse próximo ano muitos artigos estão “no forno”. Em breve!

Final de 2011

Olá pessoal,

Hoje minha escrita é mais pessoal e dirigida a todos nós!

O ano de 2011 está acabando e agora é acolher o próximo ano! No início de 2011 comecei esse blog e foi muito gostoso trabalhar nele durante esses meses. Ao mesmo tempo em que abri um espaço pessoal para escrever algumas idéias, alguns pensamentos, algumas palavras, é importante ter clareza do quanto isso pode representar para as pessoas que leram esses pequenos artigos e da responsabilidade sobre o que se diz. Na internet não é raro encontrarmos alardes sobre muitos assuntos e opiniões ásperas, infundadas ou simplesmente equivocadas, mas o que me chama mais atenção é a ausência de responsabilidade sobre o que se escreve de maneira tão pública como são esses registros virtuais.

Sendo assim, espero que algumas coisas que foram postadas aqui tenham servido para algo: informar, mobilizar, inquietar, acolher, fazer rir ou fazer pensar.

Desejo a todos nós um 2012 excelente, cheio de palavras, conversas, boas risadas, boas amizades, bons abraços e incríveis realizações!

Venha 2012!

Um conto… de faz de conta…

Olhando para o alto, como se olhasse para um arranha-céu, enquanto caminhávamos pela calçada com uma falsa displicência, fincou suas palavras no ar:

“_ Nunca vi uma loira de cabelo preto!”

Em um primeiro momento, olhei para a pequena mão que se perdia na minha, segui pelo braço – como o braço de uma boneca grande – e cheguei ao seu rostinho miúdo. Não sabia ao certo se era para rir naquele momento. Acabei rindo da observação que soou tão peculiar e impensável para mim.

A pequena não entendeu minhas risadas. Estava na cara que não compreendia. Simplesmente o que não compreendia era a razão da graça em função da sua constatação, a qual era tão séria e pautada pela sua experiência de quase cinco anos de vida. Inevitavelmente tentei pensar o que eu nunca havia visto. Pensei tantas coisas, mas absolutamente tão lógicas e com olhos tão acostumados. Senti-me previsível de dar enjôo.

Afinal entendi: o assombro de nossos olhos diminui significativamente com o passar dos anos – o tempo não ajuda a ficarmos mais espertos ao que acontece ao redor; os olhos se acostumam como se fossem marginais à própria ignorância.

Nunca vi uma loira de cabelo preto?

Fui obrigada a concordar com ela, olhando para o rostinho que encarava fortemente minha expressão quase que perdida: eu também nunca havia visto uma loira de cabelo preto. Ou tinha?

Não ri mais.

O que pode acontecer em um Quarto?

 

Estou no tema “Feira do Livro” nesse momento e, portanto surge uma outra indicação de leitura, a qual faz eco à coluna da escritora Martha Medeiros no Jornal Zero Hora de hoje. O livro se chama “Quarto” da autora Emma Donoghue.

O livro me despertou atenção no aeroporto de Curitiba há um mês em um primeiro momento em virtude do seu título. Após uma leitura rápida da contracapa e uma folhada no livro eu estava cativada e, hoje percebi que o livro tem chamado atenção de mais gente por aqui. A história – a qual ainda estou descobrindo – é sobre  um menino de cinco anos e sua mãe que vivem dentro de um quarto, cativos de um sujeito que o menino chama de “velho Nick”.

A leitura tem sido muito gostosa, visto que a narração é feita pelo menino e assim, a linguagem é própria e cheia de vida, além de oferecer ao leitor a maneira pela qual uma criança pode compreender seu mundo e a sua vida. Acrescento ainda um interesse pessoal pelo livro: o conteúdo psicológico que a trama calcada na narrativa de uma criança  em uma situação de cativeiro sem que ele tenha consciência dessa situação pode oferecer, sendo que sua referência de vida passa somente por  sua mãe e um outro sujeito, o qual o menino não possui bem certeza se é real.

Mais uma vez me proponho a ver no que isso tudo vai dar!

Segundo Martha Medeiros, a leitura é convidativa e surpreendente. Tomara!

 

Clarice Lispector como meu tema na Feira do Livro (Porto Alegre)

Em um passeio pela Feira Livro de Porto Alegre e é impossível não ficar deslumbrada com aqueles corredores de livros organizados em meio a arquitetura antiga da cidade.

É um mescla inebriante que certamente contagia leitores ou visitantes.

Uma sugestão para aquisição na Feira do Livro é a biografia de Clarice Lispector. Talvez, essa seja uma sugestão que eu mesma me dei e me concedi. Isso em virtude de um artigo do blog que foi postado há um tempo, o qual fazia referência ao tema da Resiliência.

Muitos autores quando discutem a Resiliência citam como exemplo a escritora Clarice Lispector. Certamente isso se deve à sua vida, a qual foi repleta de situações consideradas de vulnerabilidade e que, posteriormente, podem ter se transformado em um terreno fértil para sua obra.

Vou ter que conferir!

Música, uma arte que comove

Toda forma de arte é algo que deve ser considerado e respeitado, fato. Entretanto, você pode gostar e admirar mais uma do que outra, isso não é vergonhoso.

Pessoalmente, a música é minha predileta.

Aquela música que te transporta, que te busca pela mão e te conduz para algum lugar – um lugar pessoal e solitário. Quando se está diante desse mar sonoro – que te invade completamente alheio a tua vontade – é impossível não se sentir impelida a flutuar pelos pensamentos e devaneios, como se isso fosse o caminho mais lógico a ser seguido. E sentir.

Sentir a música com a carne, sentir com o corpo. Simplesmente deixar-se sentir.

Um artista que se dedica a dar essas sensações todas a outros que ele não conhece – nem sabe se são dignos do seu presente – imagino que percorre um caminho tão interessante que fica impossível para meros admiradores compreender. A composição, os arranjos até a finalização da obra consumirão uma energia intensa, deixarão marcas de desgaste criativo e emocional?

Creio que a resposta possa ser afirmativa e talvez, por isso, ao ouvir essas obras de arte elas nos façam transbordar.

Está na Zero Hora de hoje: 44% dos alunos chegam ao 4º ano sem saber ler

A notícia é triste, mas é real: as crianças não estão aprendendo a ler e acabam passando de ano sem ter adquirido essa habilidade.

O que isso pode significar exatamente?

Hoje, para essas crianças, dificuldades e uma série de situações frustrantes, as quais podem transformar a escolarização em um processo desagradável e que causa repulsa.

No futuro, adolescentes e adultos que não conseguem interpretar o que estão lendo e com isso, não apreendem os sentidos dos textos explorados.

Isso é grave.

Isso é fácil de ser visto.

Mas, isso não deveria ser a regra.

Saudade: uma espécie de idealização

Vou ousar afirmar: Saudade é uma espécie de idealização.

Pense bem: do que você sente saudade?

De quem você sente saudade?

De qual lugar você sente saudade?

É possível listar tantas coisas, pessoas, situações, contudo uma primeira hipótese a ser analisada seria: se fossemos viver uma determinada situação passada hoje, será que não acabaria com o sentimento que protege essa lembrança, a saudade? Vamos mais adiante.

Pensemos nos momentos felizes da infância ou da adolescência, contudo quem voltaria de fato?

Quem tem claro para si o que é ser uma criança? Ou um adolescente? Seguiria vigente a ideia de que se trata de uma “Época de inocência”?

Provavelmente não, pois são épocas de muito trabalho e angústias, afinal você pensa realmente que é fácil aprender a andar, falar e ainda dar conta de uma série de expectativas alheias?

E sobre as pessoas das quais sentimos saudades:

Sente-se saudade de quem morreu, de quem está longe, com quem se rompeu, etc., entretanto, novamente, do que se sente saudade exatamente?

A lógica que desenvolvi acima também caberia aqui, mas é possível ir mais longe. Se pensarmos na pessoa que morreu, antes de sua morte o que se fazia com ela, quantas brigas se teve com ela? E as “manias”, rixas, disputas, discussões, e até mesmo o que se considera como “falhas de caráter”? É interessante como todas essas partes feias ou ruins morreram com ela, não é? E, então, o que fica? A saudade de uma pessoa que não era real – uma idealização na grande parte dos casos. A morte segue  um tabu e morrer pode dignificar muitos.

Pessoas que se afastam ou que afastamos, por qual razão foram para longe e que na época eram imprescindíveis, podem gerar muitas horas de uma saudade dolorosa, a qual corrói por dentro.

Sendo intensamente sincero, como poderíamos pensar nisso tudo? Talvez sinceridade não seja a palavra mais adequada, mas então, será que, em algum momento, teríamos distanciamento suficiente para olhar para a relação em questão?

A saudade pode aplacar defeitos, apagar os erros e exaltar qualidades. Não que isso seja necessariamente ruim – a humanidade é assim –, mas, o fato é que, não é uma forte aliada da realidade, seja ela externa ou interna.

Talvez isso tudo seja bom, muito provavelmente seja necessário para elaborarmos nossos lutos diários. Talvez  só assim seja possível viver.

Saudade não é ruim, nem é patológica, muito menos fácil de dispensar, o perigo abriga-se quando ela toma conta de todas as memórias, quando ela que é uma parte da vida se torna um todo. Saudade é a imagem de algo ou de alguém que guardamos dentro de nós desprovida de senso crítico, sem responsabilidade ou comprometimento com a verdade. É uma idealização, necessária possivelmente, ora elaborada, ora mal resolvida.

De qualquer maneira, que a saudade possa continuar sua saga, afinal, justiça seja feita, é ela quem mantém as coisas no lugar, ou seja, no passado.

Por

Bibiana Godoi Malgarim

As 48 horas sem Tecnologia da Zero Hora

Hoje saiu no Jornal Zero Hora uma “experiência” que fizeram com o estagiário do Kzuka: 48 horas SEM tecnologia, ou seja, sem internet, sem celular, sem computador, sem Google! (Zero Hora de 24 de Junho de 2011)

Isso tudo em virtude de uma pesquisa norte americana, a qual comenta que os jovens sofrem de abstinência quando privados da tecnologia. A matéria acabou me fazendo pensar sobre o uso cotidiano da tecnologia e se realmente nos encontramos reféns dela.

E ainda,  como isso poderá (e será?) usado contra nós em algum momento.

Será que realmente conseguiríamos voltar a usar o telefone fixo sem maiores dores? Ou pesquisar em enciclopédias? Creio que não. Mas o que me solicita verdadeiramente em tudo isso é, pensar qual é a nossa medida. Isto é, como fazer um uso adequado de todas essas possibilidades tecnológicas (até porque estou escrevendo em um BLOG!) sem perder ou deixar de ganhar outras coisas, como relações próximas e afetivas, como ler bons livros, como exercitar tantas outras habilidades sociais importantes.

Qual é a medida sem cair em uma crise de abstinência? Há escolha nesse sentido?

A primeira vez…

Esse blog tem o objetivo de propor algumas idéias, alguns comentários, algumas indicações ou simplesmente impressões mais pessoais sobre algum assunto ou tema.

Inexiste pretensão científica, literária, ou de cunho jornalístico.

Somente um espaço que acolhe palavras, sejam elas pequenas ou grandes! Mas que fique claro: os miúdos são muito bem-vindos, sejam pequenos na notoriedade ou na idade!

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