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Um “causo” pessoal: O meu caminho

By janeiro 6, 2012Psicologia

Escrevendo e pensando sobre a questão da constituição da identidade do profissional da psicologia, inevitavelmente pensei em como eu me construí. Então, aí segue alguns pontos do meu percurso, algo bem pessoal sem saber se foi acertado ou não.

Quando optei pela psicologia, ainda no vestibular, na verdade não optei, simplesmente me inscrevi no ímpeto da descoberta. Para minha grata surpresa, em uma das minhas primeiras aulas de psicologia com a professora Paula Uglione, já estava refém (no bom sentido!) da minha futura profissão. A psicanálise, desde esses primeiros momentos, também se mostrou como uma escolha absolutamente natural para que eu pudesse pensar sobre os processos psíquicos humanos.

Já enveredar para a clínica infantil não foi tão fácil.

Sempre entendi que no período da faculdade seria o momento de descobrir as aptidões e os campos da psicologia para começar a delinear um futuro profissional. E assim o fiz. Andei pela psicologia hospitalar, psicologia organizacional, psicologia clínica e pesquisa. E confesso, a clínica infantil me parecia um grande e assustador desafio – e isso não mudou até hoje, com a diferença de não ser mais assustador e do fato de conseguir entender com mais clareza o meu papel e as singularidades dessa prática linda!

Mas, para que isso fosse possível, duas pessoas foram importantes nesse momento inicial: um psicólogo e psicanalista de Santa Maria que, em um momento de supervisão, pontuou-me algo sobre minha postura frente às crianças (como eu buscava entende-las e escutá-las) e, outra psicóloga, a qual me auxiliou como supervisora, inclusive após a colação de grau e a quem dedico um grande carinho!

Pessoas, professores ou profissionais, como os que cito, são fundamentais para essa construção do que é ser psicólogo. Tudo isso deve estar agregado a possibilidades de prática, de estudo e de escuta – escutar a si mesmo inclusive, para que assim, como diz Lya Luft, seja possível achar um tom único, só seu!

Foi importante ter tido a possibilidade de estudar ( e continuar estudando), de poder pensar profundamente sobre o que realmente se gosta de fazer, tomar contato com as dificuldades da clínica e, ainda, compreende de fato que é uma utopia crer que um dia estaremos “acabados” como profissionais. Como o próprio conceito de identidade dentro da psicologia, a identidade profissional também é mutável e ter isso claro para si é algo muito valioso. O fato é que, é muito bom descobrir possibilidades de ser o profissional que se é!

Então, em síntese, eu ora afino meus instrumentos, ora me permito tocá-los, buscando o meu tom.

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