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Um bebê e sua humanidade

É interessante observar os bebês e sua chegada ao mundo.

Muito pequenos e desprovidos de muitas condições as quais nos humanizam, mas com todo o potencial para isso.

Na verdade, quando nos detemos a colar nossa atenção a esses pequenos, podemos perceber que, o que nos humaniza não é condição de termos nascido um ser humano, e sim, é como somos inseridos nisso através dos olhares, das palavras e do reconhecimento de outros sujeitos que desenvolve o laço da humanização. É como se o outro (pais, parentes, amigos e demais sujeitos) transmitissem a autorização desse enlace através do reconhecimento que, naquele bebê, existe um sujeito em ascensão.

Pode soar estranho a quem não está habituado com esse tipo de processo (desenvolvimento psíquico e subjetivo), mas essas situações são tão naturais a muitos que dificilmente nos remeteriam a pensar em quão complexos são esses processos.

Sabe quando um adulto fica na frente de um bebê de poucos meses falando com ele? E ainda, o bebê fica balbuciando sons e o adulto atribui a isso que o pequeno está respondendo, está conversando? Pois então, isso seria um exemplo de como nós, adultos, trazemos esses pequenos sujeitos em potencial para o laço do humano – um ser social, inserido numa lógica e numa linguagem: um sujeito.

Não é incrível e estranhamente natural?

(Texto inspirado na Brenda Malgarim)

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