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Terapia das Havaianas? (Quando as palavras falham, as ações surgem)

 

Há quem acredite que uma maneira eficaz e adequada de educar crianças chama-se “terapia das Havaianas”, ou seja, uma boa chinelada e as coisas se resolvem. Contudo, não entendo que as coisas andem bem por aí, se pensarmos na conduta do adulto, principalmente.

Parece-me que quando a fala se torna impossível ou ainda, quando se mostra insuficiente é comum que se passe ao ato. Isso poderia ser exemplificado em várias situações, entretanto uma das mais comuns e igualmente uma das mais controversas é sobre o uso da força – palmadas, etc. – na “educação” das crianças.

O adulto em franca vantagem física pode não ter clareza da brutalidade que sua ação supostamente educativa pode ter para uma criança. Sua palavra falha diante de um ser pequeno e, algumas vezes, desafiador; na falta de um recurso, usa-se outro: a força física.

Imaginar a cena é o suficiente para muitos entenderem a desproporção que se apresenta. Quando me refiro a desproporção é em vários sentidos: de tamanho, de força e, talvez o mais importante, de maturidade.

O interessante é pensar como um ser pequeno pode simplesmente privar os pais da capacidade de pensar e buscar outra solução para a questão na qual estão envolvidos.

O que certamente será um aprendizado quando pensamos na possibilidade de bater em uma criança, será: aprende-se que quem grita mais alto, é ouvido; que quem bate mais forte, é “respeitado”; que quem deveria ser mais maduro por ser mais experiente e portanto, mais lúcido, nem sempre conseguirá entender e ensinar isso.

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