Na semana do dia 20 a 23 de Setembro (2018) estive no XIII Encontro Brasileiro sobre o Pensamento de D.W.Winnicott em Fortaleza e quero dividir com vocês algumas breves considerações sobre o encontro.
É um momento realmente muito interessante, no qual pessoas de todo o Brasil
se juntam para conversarem sobre o que pensam e fazem nas suas práticas clínicas. Exatamente! Conversar! São dias de efetiva troca, nos quais você sai inspirado e alimentado, não só teoricamente, mas também afetivamente. Foi possível constatar o quanto as ideias de Winnicott circulam entre colegas psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e outras áreas afins, e ainda, não só circulam como são extremamente fecundas: os trabalhos apresentados refletiram a profundidade, a complexidade e a autoria dos colegas no curso desses dias. Cito, em especial, a fala da conferência de encerramento de Luís Cláudio Figueiredo que foi absolutamente fiel ao Gesto Espontâneo e reafirmou entre nós a necessidade de falarmos nosso própria língua, sem matar a espontaneidade, sem matar a originalidade – e tudo isso seria uma maneira de sermos gratos ao que todos esses teóricos construíram até o momento.
Particularmente, minha fala versou sobre “Resiliência, Holding e Mãe Suficientemente Boa:Em nome de um viver criativo” (22 de Setembro). Nesse momento, pude apresentar aos colegas como tenho pensado esse laço entre o conceito de Resiliência com as complexas ideias cunhadas por Winnicott. Foi possível apresentar a definição de Resiliência, a qual foi construída durante o curso do meu doutorado, e também apontar como essa se encontra profundamente conectada ao Holding e a noção de Mãe Suficientemente Boa, seja no começo da vida, seja na nossa prática clínica diária.
Sigamos pensando no próximo Encontro no Mato Grosso do Sul!