Não é necessário ser alegre para ter humor, já nos foi dito isso! Freud já nos ensinou há bastante tempo que os chistes são formas poderosas de expressão. Boris Cyrulnik também nos ajuda a entender que o humor é uma importante faceta do sujeito resiliente: lançar mão do riso, do bom humor para se expressar, para compreender e para proteger também. Para Boris, “Essa reação [humor] desconcerta porque, ao descentrar o sujeito de sua fascinação pelo horror, livra-o do sofrimento e remaneja as imagens de pesadelo. Essa estratégia psicológica aproxima-se portanto dos mecanismos de defesa…” (CYRULNIK, p.45, 2009).
Um livro que nos ajuda a liberar o humor, sem ser pretensioso, é “As traumáticas aventuras do Filho do Freud” de Pacha Urbano. No volume da foto as tirinhas ilustram as aventuras do filho de Freud no que seriam suas tentativas de lidar com as experiências edípicas. Tudo isso, com participações mais que especiais da sua irmã e outros personagens já conhecidos da história da Psicanálise.
O melhor disso tudo? É poder ver a graça de algo que, na nossa prática diária, é tão sério. E ainda, lembrar que nem o pai da Psicanálise estava imune a sua própria teoria… claro que, isso tudo com muito bom humor.
Referências:
Cyrulnik,B. Autobiografia de um espantalho – Histórias de resiliência: O retorno à vida. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
Urbano, P. Filhos do Freud. Rio de Janeiro: Zás, 2013.
Em uma divulgação da Revista Super Interessante (Fev.2013) a capa trás como reportagem central o tema do INCONSCIENTE. Essa capa me chama a atenção, em especial, devido a linha teórica com que trabalho, a psicanálise, e esse tema – conceito – ser um dos principais pilares da teoria psicanalítica.
A Psicanálise, alvo de inúmeras críticas da dita ciência, trabalhou desde o seu princípio com a ideia de Inconsciente. A reportagem da revista, certamente para a surpresa de muitos, reafirma a teoria de Sigmund Freud sobre o Inconsciente e toda a sua influência sobre o nosso comportamento e forma de relacionarmos uns com os outros. As neurociências, através de exames sofisticados e pesquisas aguçadas, têm podido demonstrar isso.
Vale a pena passar os olhos pela reportagem e entender mais um pouquinho, de maneira simples, o que se entende como Inconsciente e como ele age em nós. Para quem quer aguçar a leitura e aprofundar, segue duas indicações:
Título: Da Neurologia à Psicanálise – desenhos neurológicos e diagramas da mente por Sigmund Freud. Autores: Lynn Gamwell e Mark Solms (2008, Editora Iluminuras)
Título do texto: Projeto para uma psicologia científica ( Obras completas, Vol.I, 1886-1899). Autor: Sigmund Freud. (Editora Imago).
Bom mergulho!
Quer mais uma dica de livro?
Pois aqui vai! O livro “Freud” de Corinne Maier e Anne Simon na verdade não é bem um livro, mais parece uma revista e em quadrinhos!
Esse formato divertido conta a história de Sigmund Freud e da Psicanálise através de ilustrações, as quais tem o estilo de uma história em quadrinhos.
A teoria é abordada de maneira divertida e as autoras apresentam diversos dos casos clássicos, como Anna O. e O Homem dos Ratos, por exemplo, além do Complexo de Édipo e outros pontos importantes da teoria e também da técnica psicanalítica que o pai da psicanálise apresentou para o mundo.
Confira, divirta-se e, de quebra, tenha a oportunidade de revisar ou aprender de maneira bem humorada uma teoria – e uma técnica – séria e consistente!
(OBS.: A imagem foi desfocada propositalmente.)