Skip to main content
Tag

Saúde

Diário de uma anti-fitness: DIA 2

Dia 2: A saga de descobrir o que gosta

O primeiro momento não é um dos mais constrangedores: é procurar por uma academia ou alguma atividade. Mas, há vários momentos muito embaraçosos. Vou citar os meus prediletos:

1. Traje! Nos idos tempos que eu passava em frente a uma academia ou só gastava meu dinheiro de estagiária pagando mensalidade simplesmente para contribuir com o empresário dono do local, a roupa era a mais surrada que você tinha. Sabe camiseta de propaganda? Essa mesma. A coisa não é mais a mesma! Não, não é. Existe um dress code que precisa ser observado. E aí já começa o encalacro.

Dentro disso ainda tinha a questão do tênis. Eu não tinha. Nenhum. E não fazia ideia do que comprar, até mesmo porque sempre achei um absurdo o valor de um tênis. Claro que essa lógica nunca se aplicou à sapatos e botas. Mas, você não está aqui para julgar minha coerência, não é diário?

Claro que tive que recorrer a uma amiga, que muito pacientemente me enviou um print de algo que teria um custo-benefício coerente com o que eu estava disposta a gastar e para o tempo que eu ia usar.

Minha tia quando soube riu alto e comentou: “Ah! Ótimo! Vou herdar mais um tênis novo!” Mulher sem fé!

Montei o look. Sim, diário, me vi como uma piada pronta: jovem senhora sem noção jurando que é descolada – pronto, falou descolada, entregou tudo! Socorro!

2. Motivo de fazer atividade: quando ligava ou mandava mensagem para os locais e vinha a pergunta: “E qual a razão para iniciar a atividade física, senhora?” Limpadinha sutil na garganta, “Dor nas articulações”. Me nego seguir falando dessa situação.

3. Primeiro dia (todos, sendo honesta): Sabe turista? A gente vê logo de cara quem não é do lugar, sou eu. Mas é pior, é como um peixe no pasto. Fico olhando sem fazer ideia do que são aquelas coisas todas. E vou mais longe, fico abobalhada com as caras de felicidade das pessoas lá. É realmente confuso. Dói. Sua. Cansa. Tem um cheiro esquisito. Tem uma música altíssima. As pessoas falam aos gritos porque aparentemente isso significa animação. É confuso para mim. Sou o peixe. E não estou no meu ambiente. Lide com isso, não é?

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É OBRA DE HUMOR E FICÇÃO. Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. Exercício físico é importante.

O Ato Médico: Por que não reconhecer e respeitar diferentes saberes?

O Ato Médico certamente é uma situação, no mínimo, inusitada que todos os profissionais da saúde tem tentado compreender e combater.

É fundamental que os profissionais da medicina consigam, em alguma instância, compreender as singularidades que perpassam a prática de CADA uma das DIFERENTES PROFISSÕES.

A ideia atual do trabalho na área da saúde em especial (incluindo a própria definição de saúde da OMS), como já devia estar claro, é desenvolver um trabalho articulado e inter (trans)disciplinar cujo foco será o bem-estar e saúde do paciente. Mas, para tanto, é fundamental que os profissionais estejam capacitados para suas atividades e guardem entre si respeito sincero pelos conhecimentos e limites que suas práticas possuem.

Parece-nos que isso somente não está claro para a classe médica (pelo menos, na sua grande maioria em vista do Ato Médico!).

Que receios são esses guardados pela classe médica? O que se busca efetivamente com isso? Como as demais profissões da saúde vão executar na prática suas atividades, caso o Ato Médico seja de fato aprovado? Será que não há espaço para a convivência pacífica e respeitosa entre áreas do saber distintas? É preciso subjugar tanto conhecimento e tantos profissionais?

Que respostas podem nos ser oferecidas para todas essas questões?

 

Mais informações nos sites do Conselho Regional de Psicologia (http://www.crprs.org.br) e Conselho Federal de Psicologia (http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/).

Sabe aquele paninho fedorento? Ele pode significar bastante!

Sabe aquele bichinho de pelúcia que o seu filho não larga?

Ou aquele paninho sujo, encardido o qual você é desesperada para lavar, mas que quando isso acontece o pequeno dá o maior ataque?

Esses objetos podem ser mais importantes do que julgam os adultos! Eles se chamam objeto transicional. Esses objetos, em geral macios, fazem parte de um mundo a parte que a criança constitui para ela, no sentido de inaugurar espaços de subjetivos de saúde, criatividade e amadurecimento.

O objeto transicional se organiza dentro do que a teoria winnicottiana denominou de área transional, ou seja, um espaço que não diz respeito exclusivamente a realidade interna da criança, nem a externa – veremos esse espaço amplamente utilizado na fase adulta através da religião e da arte, por exemplo.

O objetivo desse objeto é auxiliar a criança a lidar com ansiedades “esperas” para o desenvolvimento, sendo que gradual e naturalmente esse objeto será deixado de lado porque simplesmente ele perderá seu sentido.

Todos os bebês possuem objeto transicional? Não necessariamente, embora em alguns casos o objeto possa passar desapercebido porque pode não ser um objeto propriamente dito, pode ser uma canção, por exemplo.

Psicopatologia Infantil: entre a saúde e a adaptação

            O termo “psicopatologia” é por si só uma palavra revista de peso e, por conseguinte, geralmente é visto por muitos com certa desconfiança. Agregando-se a isso, a psicopatologia da infância especificamente solicita ainda mais cuidados nas discussões.

Pensar em diagnósticos na infância quando se fala da perspectiva da psicanálise é quase um contracenso. Não que a avaliação do caso ou o levantamento de pontos de ansiedade e sofrimento não sejam de extrema relevância, contudo a clínica psicanalítica infantil não busca trabalhar em cima de diagnósticos e sequer está detida em descrever listas sintomáticas.

A idéia de muitos psicanalistas infantis é trabalhar a partir de pontos de convergência do funcionamento da criança, buscando compreender como essa dinâmica está organizada no contexto familiar e que sentidos podemos apreender disso tudo. Essa conjunção de dados e fatores certamente oferecerá ao profissional um contorno para o caso daquele paciente, contudo o que mais interessará é como aquele contorno foi montado e como é utilizado.

Sempre é relevante relembrar que, ainda que se fale de sintomas ou até mesmo de quadros mais sistematizados de funcionamentos de personalidades – o que entre as áreas do conhecimento chama-se de diagnóstico – as crianças se encontram em um estado de desenvolvimento e isso deve ser entendido como potencial para novos arranjos para essa personalidade.

 

 

Bibiana G. Malgarim

Psicóloga – 07/13403

Especialista e Mestre em Clínica Infantil

Curso de Psicopatologia: é essa semana!

Nessa semana, sexta-feira (11 / novembro), darei início ao Curso de Extensão sobre Psicopatologia Infantil na ULBRA de Santa Maria.

Esse curso foi planejado desde o início do ano e tem como propósito oferecer aos acadêmicos uma possibilidade de aprofundar seus conhecimentos na área da clínica infantil. É importante salientar que, quando fala-se em Psicopatologia Infantil também se está falando no seu contraponto: a saúde.

O cronograma do curso pretende iniciar justamente com essa questão: o conceito de saúde e doença na clínica infantil. Após essa introdução, serão discutidos algumas situações comuns de serem vista na prática profissional.

Bom curso para nós!

Mães Neuróticas, Filhos Nervosos

 

Você já viu o filme de Woody Allen “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”?

 

Pois foi justamente pensando nesse título que pensei no caso das mães e dos seus filhos.

 

Primeiramente, é necessário clarificar que o título de neurótica é utilizado em um sentindo muito mais popular do que é utilizado no meio acadêmico ou científico. Entretanto, cabe também dizer que quando falamos em mães neuróticas, fazemos referência a mães que apresentam muita dificuldade em conectar-se efetivamente com seus bebês e, dessa forma, impõem a eles seu ritmo, suas expectativas e, porque não, suas neuroses, impossibilitando um espaço de espontaneidade e criatividade que poderia emergir dessa relação.

 

Notadamente, mães de primogênitos são claramente mais ansiosas e, com isso, seus bebês parecem responder a esse sentimento demonstrando também sinais de ansiedade, os quais podem ser manifestados de várias maneiras, como dificuldades na hora de ir dormir e durante o sono, com a alimentação, dentre outros.

 

O que podemos generalizar com tranqüilidade é que, as mães têm uma relação estreita com seu bebê e isso, obviamente, não é novidade alguma. Entretanto, isso é válido tanto para coisas boas da relação, como para as que não são muito bem-vindas. A dificuldade para lidar com essas últimas é conseguir perceber isso devido ao grau de aproximação que essa relação demanda. Então, às vezes, buscar certo distanciamento crítico já é suficiente para checar se as coisas vão bem nessa relação tão importante e fundamental do ponto de vista da saúde mental desse bebê.

 

Os filhos, principalmente os bebês, são absolutamente sensíveis ao que suas mães querem deles, desejam ou sentem.

 

É importante ter clareza que não se tratar de um grau de perfeição idealista, de forma alguma isso seria mais apropriado dos que os erros espontâneos e afetivos; trata-se da compreensão profunda da conexão que existe entre o estado afetivo da mãe com o bebê.

 

Psicopatologia Infantil (Curso de Extensão)

Curso de Extensão

Divulgação Curso de Extensão de Psicopatologia Infantil

 

Um curso de extensão acadêmico que visa propiciar um espaço de reflexão sobre alguns quadros de sofrimento infantil, ministrado por Bibiana G. Malgarim, psicóloga especialista em infância.

Não se trata de diagnóstico, nem de buscar um enquadre para essas crianças. Trata-se de estudar, refletir e indicar alguns caminhos no sentido de auxiliar indivíduos que se encontram em sofrimento para que, assim, consigam continuar seu desenvolvimento de maneira saudável e feliz.

O curso será promovido pela ULBRA Santa Maria.

Abrir chat
Precisando de ajuda?
Olá, me chamo Bibiana, qual seu nome e como posso te ajudar?