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Relação Pais/Filhos

Nós vamos desbotando? Estou pensando sobre isso…

Há poucos dias um colega me falou sobre esse curta de animação. Não sei exatamente o que pensar sobre ele, vou descrever muito brevemente o que percebo num primeiro momento: um colorido que invade, representado na vida de um miúdo, suficientemente intenso para contagiar e colorir o pai, já tão desbotado. Somos esse pai desbotado e “desbotante”? Como manter o colorido? O que nos desbota todos os dias? Quais cores deixam de nos habitar? Crescer é desbotar?

Veja Alike e me ajude a pensar sobre isso!

 

Ser o presente e Estar presente

Hoje podemos dizer que há o melhor presente do mundo, e diferentemente da minha posição mais comum, digo que esse presente pode ser generalizado: todas as crianças querem e precisam: você!

A presença dos pais na vida de seus filhos  virou um presente: Algo especial! Isso pode ser ótimo, tanto quanto pode ser um tanto assustador. Estar presente é fundamental para o desenvolvimento das crianças, é enriquecedor para o laço social e potencializa a condição afetiva dos miúdos. Mas, quando a presença das figuras mais importantes para os pequenos virou um presente? Numa perspectiva mais otimista e romântica, sempre o foi; numa perspectiva menos otimista, calcada nas observações diárias, virou um presente porque é raro, porque não é frequente, e justamente por ser algo incomum torna-se tão precioso.

Não soa estranho isso? Pai e mãe é como feijão com arroz: algo que se tem todos os dias, gostoso, nutritivo, comum e especial simultaneamente, que até parece ser enjoativo pela sua frequência – “Quem dera que hoje tivesse outra coisa para comer aqui em casa!” – mas que, quando falta, dá saudade, faz uma falta tremenda. Por incrível que pareça, criança (todas!) gosta e precisa do bom feijão com arroz, ou seja, precisa de você.

Você é o presente mais comum e especial, é o brinquedo mais incrível, é o caminho mais necessário, então, o negócio é investir em estar presente na vida do seu miúdo.

Feliz dia das crianças!

Passa Rápido, aproveita! Sério? com L.Slomka

Hoje vou compartilhar aqui um texto que tem tudo a ver com a proposta de escrita do BLOG. Um texto da amiga, colega e talentosa Luciane Slomka cheio de boas reflexões para fazermos! Confere:

 

Pela extinção do “Aproveita porque passa rápido”

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Não são poucas as vezes que ouvimos e até mesmo falamos às pessoas, quando o assunto é maternidade, a máxima “Aproveita! Passa tão rápido…”

Sério, isso ajuda a gente a aproveitar mais? Desde a gravidez essa frase me incomodava. “Será que eu to aproveitando?” “Mas nem sempre é assim tão legal”, “mas o que eu teria que estar fazendo diferente para realmente me sentir APROVEITANDO”?

E a máxima segue ao longo dos primeiros anos da vida da criança. Bebe de colo? “Aí que delicia, aproveita porque passa tão rápido!”, 1-2 aninhos? “Aproveita porque daqui a pouco começam a caminhar e dai acabou o sossego”. Será tão difícil a gente lembrar que aproveitar é um conceito tão subjetivo e individual quanto a própria maternidade ou paternidade? Eu não acho que ajuda ninguém essa sensação de que é preciso aproveitar porque num piscar de olhos aquela fase passa. Pelo contrário, acho que pode gerar angústia e ansiedade. Aliás, talvez esse seja o nosso maior sintoma da tal modernidade: não podemos perder nada, temos que aproveitar tudo, ter tudo, sermos sempre felizes.

Claro que nenhuma máxima torna-se máxima se não for no mínimo algo próximo da realidade. Claro que passa rápido, demais até. Mas o aproveitar é de cada um e cada um aproveita da maneira que pode. Por isso, nunca mais falei “aproveita essa fase” para ninguém.

Bom, vou parar de escrever aqui e APROVEITAR a sesta da minha filha para continuar lendo meu texto.”

Luciane Slomka

Quer dar mais uma espiadinha em textos que falam sobre “filhos” aqui no Blog? Clica nesses links:

Filhos: melhor não tê-los, mas se não os temos, como sabê-lo?

Mães Neuróticas, Filhos Nervosos

Licença Paternidade: “Não basta ´ser pai´, tem que participar”

 
pais bebêspais bebês 2

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Saiu uma notícia muito interessante ainda ontem: A licença paternidade pode ser ampliada para até 20 dias. Não é muito, mas vamos combinar que 5 dias é até engraçado!

Lembro exatamente quando ouvi pela primeira vez sobre o assunto, ainda bem no início da faculdade (segundo ou terceiro semestre), ainda muito imatura e cheia de preconcepções pouco refletidas e com vieses complicados. Foi nossa patronesse, na época coordenadora do curso, quem comentava do pouquíssimo tempo para a licença paternidade. Na época não entendi muito bem e ela me explicou, e a partir daí fez outro sentido para mim.

Numa sociedade predominantemente machista, o filho é da mulher, certo? Na prática – e na vida – errado! Licença paternidade não é uma novidade e já é público e notório há mais de século que a figura paterna é absolutamente importante na vida do seu filho. E veja bem, eu falei em FIGURA, não em sexo masculino. Vamos registrar que por FIGURA entende-se uma série de cuidados e de marcas sociais que serão destinadas a esse pequeno que está em constituição.

Em países europeus a licença aos PAIS pode ser distribuída entre os dois, como os mesmos acharem melhor, isto é, é licença para OS PAIS cuidarem dos seus pequenininhos. Não é muito interessante?

Por óbvio que não somos um país europeu, você já deve ter pensando isso. Logo, é compreensível que nós mesmos – brasileiros – tenhamos que ir achando o que funciona para nós como cultura própria que temos e que somos. De qualquer forma, saber que os pais poderão estar mais uns dias próximos dessa gente miudinha e de seus parceiros e parceiras logo após o nascimento (ou adoção) é uma notícia que vale a pena registrar.

 

OBS.: O link da notícia original se encontra acima, na primeira linha.

😉

 

 

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