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Psicopatologia

Psicopatologia e Sofrimento Infantil

Falar e pensar sobre Psicopatologia Infantil sempre é um desafio importante e que deve ser respeitado devido a sua complexidade. Já falei desse tema no Blog, no post Psicopatologia Infantil: entre a saúde e a adaptação, dentre outros que fazem menção ao tema. Entretanto, podemos afirmar que o tema não se esgota.

O que é Psicopatologia hoje?

Como mensurar os sintomas?

Como pensar em doença em um sujeito em desenvolvimento? 

Podemos tomar Psicopatologia e Sofrimento como equivalentes?

Todas essas são questões que frequentemente me fazem repensar o que entendo por Psicopatologia Infantil, especialmente quando trabalhamos com quadros sintomáticos os quais expressam indicam um determinado diagnóstico. Do ponto de vista psicanalítico winnicottiano a psicopatologia é compreendida de uma perspectiva bem específica: alguns quadros entendidos na área da psicologia e da psiquiatria tipicamente como quadros diagnósticos de doença, não o são necessariamente. Isto é, são compreendidos como uma possibilidade de organização e funcionamento do sujeito o qual está em estreita relação com o seu entorno.

A noção de saúde na perspectiva winnicottiana é, para mim, ainda mais interessante: a possibilidade do sujeito construir uma noção única e integrada de self, instalar sua psique no soma, e assim, ter uma experiência de estar vivo e criativo nesse curso.

Para pensar em algumas dessas coisa organizei um Grupo de Estudos A Psicopatologia na Infância: As faces do sofrimento infantil .

Abaixo seguem algumas informações sobre o Grupo, o qual ocorrerá na cidade de Porto Alegre. Confira e entre em contato!

Grupo Bibiana 2016.2

O Livro Negro da Psicopatologia Contemporânea: Dica de Livro do Conselho Regional de Psicologia – Recomendadíssimo!

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A última edição do Entre Linhas (Out. Nov.Dez.2012), material de autoria do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS), trás na sessão Dica Cultural, escrita pelo colega Lucio Fernando Garcia, a indicação do livro “O Livro Negro da Psicopatologia Contemporânea”. Compartilhando de uma impressão similar à do colega em relação ao livro e também por entender que se trata de uma leitura muito interessante para nós psicólogos – e agentes da saúde mental , em geral – decidi dedicar um momento para conversar sobre o material.

O livro, cuja organização é de Alfredo Jerusalinsky e Sílvia Fendrik, e cuja leitura já realizei, compila uma série de textos interessantes, consistentes e questionadores sobre questões referentes as psicopatologias atuais – e nem tão atuais como usualmente se pensa –, suas classificações e o uso dos fármacos como uma alternativa fundamental e preponderante.

Dos textos que compõem o livro, saliento o capitulo do próprio organizador, Jerusalinsky, “Gotinhas e comprimidos para crianças sem história. Uma psicopatologia pós-moderna para a infância” e o de Angela Vocaro, “ O efeito bumerangue da classificação psicopatológica da infância”. Vocaro faz uma construção interessantíssima de como o diagnóstico pode se tornar a própria identidade da criança, e essa, por sua vez, deixar de ser um sujeito com outras facetas, assumindo o transtorno como o seu “eu”, o qual passa a ser apresentado publicamente/socialmente. A autora indica olharmos para a prática clínica com a delicadeza que essa prática merece, compreendendo profundamente que não se trata de uma prática qualquer, nem de algo que poderá ser cerceado através de prescrições pontuais e positivistas, muito antes pelo contrário, trata-se de um espaço de acolhimento de ocorrências clínicas, com significações específicas, e com isso, impactos particulares e imensuráveis.

Já Jerusalinsky apresenta-nos questões pontuais referentes ao TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) – diagnóstico tão comum hoje em dia, quanto banana em feira – e ao Autismo. Além disso, discute a necessidade pela busca dessas 20130108_224945denominações/nomenclaturas – no sentido de aplacar a angústia do não saber de pais e pacientes, e por que não dizer, dos próprios profissionais – e o que entendo como o “ouro” da clínica, que vem a ser a possibilidade de escuta da trajetória de cada sujeito, incluindo seus dessabores e sofrimentos, para assim “decifrar” o que é dito, o que é visto e o que é vivido.

Com certeza é uma leitura que vai fazer você pensar. Super indicação! Parabéns ao CRP.

 

Psicopatologia Infantil: entre a saúde e a adaptação

            O termo “psicopatologia” é por si só uma palavra revista de peso e, por conseguinte, geralmente é visto por muitos com certa desconfiança. Agregando-se a isso, a psicopatologia da infância especificamente solicita ainda mais cuidados nas discussões.

Pensar em diagnósticos na infância quando se fala da perspectiva da psicanálise é quase um contracenso. Não que a avaliação do caso ou o levantamento de pontos de ansiedade e sofrimento não sejam de extrema relevância, contudo a clínica psicanalítica infantil não busca trabalhar em cima de diagnósticos e sequer está detida em descrever listas sintomáticas.

A idéia de muitos psicanalistas infantis é trabalhar a partir de pontos de convergência do funcionamento da criança, buscando compreender como essa dinâmica está organizada no contexto familiar e que sentidos podemos apreender disso tudo. Essa conjunção de dados e fatores certamente oferecerá ao profissional um contorno para o caso daquele paciente, contudo o que mais interessará é como aquele contorno foi montado e como é utilizado.

Sempre é relevante relembrar que, ainda que se fale de sintomas ou até mesmo de quadros mais sistematizados de funcionamentos de personalidades – o que entre as áreas do conhecimento chama-se de diagnóstico – as crianças se encontram em um estado de desenvolvimento e isso deve ser entendido como potencial para novos arranjos para essa personalidade.

 

 

Bibiana G. Malgarim

Psicóloga – 07/13403

Especialista e Mestre em Clínica Infantil

Curso de Psicopatologia: é essa semana!

Nessa semana, sexta-feira (11 / novembro), darei início ao Curso de Extensão sobre Psicopatologia Infantil na ULBRA de Santa Maria.

Esse curso foi planejado desde o início do ano e tem como propósito oferecer aos acadêmicos uma possibilidade de aprofundar seus conhecimentos na área da clínica infantil. É importante salientar que, quando fala-se em Psicopatologia Infantil também se está falando no seu contraponto: a saúde.

O cronograma do curso pretende iniciar justamente com essa questão: o conceito de saúde e doença na clínica infantil. Após essa introdução, serão discutidos algumas situações comuns de serem vista na prática profissional.

Bom curso para nós!

Psicopatologia Infantil (Curso de Extensão)

Curso de Extensão

Divulgação Curso de Extensão de Psicopatologia Infantil

 

Um curso de extensão acadêmico que visa propiciar um espaço de reflexão sobre alguns quadros de sofrimento infantil, ministrado por Bibiana G. Malgarim, psicóloga especialista em infância.

Não se trata de diagnóstico, nem de buscar um enquadre para essas crianças. Trata-se de estudar, refletir e indicar alguns caminhos no sentido de auxiliar indivíduos que se encontram em sofrimento para que, assim, consigam continuar seu desenvolvimento de maneira saudável e feliz.

O curso será promovido pela ULBRA Santa Maria.

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