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Humor

Diário de uma anti-fitness: Dia 6

O dia da musculação

Quando dei início a minha vida fitness (kkkkk – realmente é engraçado pensar que digo isso!) foi indicado que eu fizesse musculação especificamente. Tenho quase certeza que no TOP 1 do que mais odeio está a musculação. Mas, não posso ser acusada de não tentar.

Nesse meu momento, fui pra primeira aula! Ops! Primeiro treino! Desculpe, mas ainda não me aproprie do vocabulário moderno da vida fitness.

Vou contar do profissional que me monitorou nesse “treino”. Primeiro constrangimento – fora a minha idade – foi falar do tempo que eu não fazia atividade. Quer chutar? Vou deixar na sua imaginação, mas para incrementar ela, vou dizer que se fosse um ser humano, esse já poderia ter filhos. Voltando: a cara do profissional que me atendeu foi um misto de pena com cansaço. Pena porque certamente ele sabe que eu não saberia mexer e fazer coisa nenhuma naquele lugar com aquelas máquinas absolutamente bizarras; cansaço porque ele também deve saber, tanto quanto eu, que aquilo ali não iria dar em coisa alguma.

Tentei. Fiz o que se mandou. Passei vergonha mexendo naquelas geringonças que mais se assemelham às máquinas de tortura da idade média. Algumas vezes ficava sentada em um desses aparelhos pensando: Mas eu sou ridícula mesmo… e ria de mim.

Ao término da aula, o coitado do professor fazendo todo o possível me pergunta: E aí, gostou? Amanhã volta?

O que se responde nessas situações, gente? Mente-se? Fala a verdade?

Fui na linha da evasiva usando o clássico do brasileiro, aquela frase “vamos marcar algo qualquer hora.”, sabe? Nessa linha na qual todos os envolvidos sabem que não vai rolar nada, nunca.

Essa foi meu primeiro treino de musculação.

E o último. Tudo tem limites, até meu #guinada! Aff!

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É OBRA DE FICÇÃO e HUMOR. Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. Exercício físico é importante.

Diário de uma anti-fitness: Dia 5

Dia 5: Quando o cabelo dói!

Oi sumida! Voltei… sim, já faz alguns dias que ando sumida!

E por qual razão? Não tinha forças!

Você já fez bike de máscara? Ah! Nada como começar uma vida fitness em pandemia. É lindo! Você fica tão sem ar devido ao péssimo condicionamento físico que tem que tenta puxar todo arzinho que tem em volta e com isso a máscara entra na boca. Fica um misto de sufocamento com desespero.

Me perguntaram: Mas da onde você tirou a ideia de começar por bike?

E eu: Queria começar com tudo!

E foi tudo mesmo!

A dor foi tudo! Todos os centímetros do meu corpo doíam. O cabelo doeu!

Dói pra digitar! Aiiiii…. divei exagerando, mas é bem por ai!

Eu só consigo pensar na benção que seria um relaxante muscular. Mas, segundo os entendidos não é indicado e como eu ainda estou razoavelmente firme na minha #guinada, ainda não cedi.

Pai! Afasta de mim esse cálice… opa, quero dizer, o dorflex!

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É OBRA DE FICÇÃO e HUMOR. Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. Exercício físico é importante.

Diário de uma anti-fitness: Dia 4

A PRIMEIRA AULA

Resolvi começar começando mesmo! Tipo sem medo.

Primeira aula, bike. Aula de spinning! Aquele clima dos vídeos de umas meninas asiáticas malhando abdômen que gritam como se estivessem num treino militar. Dá medo delas, total! Mas, eu estava determinada, afinal eu tinha um plano, #guinada!

Entrei com a cara de turista habitual. Nem mexer na bike eu sabia e para minha vergonha maior fiquei bem na frente dos demais que era para a galera ter o estímulo reverso: o que não fazer!

Tirando a náusea, o desespero, a vontade de cair no chão e só sair com a SAMU, foi bem tranquilo.

Ouvi de alguns: Sabe aquela sensação boa depois?

Não fui apresentada… até hoje, inclusive.

“Depois melhora.”, disseram.

Tendo a pensar que alguém está mentindo nessa história.

“Sentiu a endorfina?”

Senti mais foi ódio mesmo, honestamente.

Quando vem a endorfina, diário?

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É OBRA DE FICÇÃO e HUMOR. Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. Exercício físico é importante.

Diário de uma anti-fitness: DIA 2

Dia 2: A saga de descobrir o que gosta

O primeiro momento não é um dos mais constrangedores: é procurar por uma academia ou alguma atividade. Mas, há vários momentos muito embaraçosos. Vou citar os meus prediletos:

1. Traje! Nos idos tempos que eu passava em frente a uma academia ou só gastava meu dinheiro de estagiária pagando mensalidade simplesmente para contribuir com o empresário dono do local, a roupa era a mais surrada que você tinha. Sabe camiseta de propaganda? Essa mesma. A coisa não é mais a mesma! Não, não é. Existe um dress code que precisa ser observado. E aí já começa o encalacro.

Dentro disso ainda tinha a questão do tênis. Eu não tinha. Nenhum. E não fazia ideia do que comprar, até mesmo porque sempre achei um absurdo o valor de um tênis. Claro que essa lógica nunca se aplicou à sapatos e botas. Mas, você não está aqui para julgar minha coerência, não é diário?

Claro que tive que recorrer a uma amiga, que muito pacientemente me enviou um print de algo que teria um custo-benefício coerente com o que eu estava disposta a gastar e para o tempo que eu ia usar.

Minha tia quando soube riu alto e comentou: “Ah! Ótimo! Vou herdar mais um tênis novo!” Mulher sem fé!

Montei o look. Sim, diário, me vi como uma piada pronta: jovem senhora sem noção jurando que é descolada – pronto, falou descolada, entregou tudo! Socorro!

2. Motivo de fazer atividade: quando ligava ou mandava mensagem para os locais e vinha a pergunta: “E qual a razão para iniciar a atividade física, senhora?” Limpadinha sutil na garganta, “Dor nas articulações”. Me nego seguir falando dessa situação.

3. Primeiro dia (todos, sendo honesta): Sabe turista? A gente vê logo de cara quem não é do lugar, sou eu. Mas é pior, é como um peixe no pasto. Fico olhando sem fazer ideia do que são aquelas coisas todas. E vou mais longe, fico abobalhada com as caras de felicidade das pessoas lá. É realmente confuso. Dói. Sua. Cansa. Tem um cheiro esquisito. Tem uma música altíssima. As pessoas falam aos gritos porque aparentemente isso significa animação. É confuso para mim. Sou o peixe. E não estou no meu ambiente. Lide com isso, não é?

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É OBRA DE HUMOR E FICÇÃO. Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. Exercício físico é importante.

Freud + Pacha = Boas Risadas

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Não é necessário ser alegre para ter humor, já nos foi dito isso! Freud já nos ensinou há bastante tempo que os chistes são formas poderosas de expressão. Boris Cyrulnik também nos ajuda a entender que o humor é uma importante faceta do sujeito resiliente: lançar mão do riso, do bom humor para se expressar, para compreender e para proteger também. Para Boris, “Essa reação [humor] desconcerta porque, ao descentrar o sujeito de sua fascinação pelo horror, livra-o do sofrimento e remaneja as imagens de pesadelo. Essa estratégia psicológica aproxima-se portanto dos mecanismos de defesa…” (CYRULNIK, p.45, 2009).

Um livro que nos ajuda a liberar o humor, sem ser pretensioso, é “As traumáticas aventuras do Filho do Freud” de Pacha Urbano.  No volume da foto as tirinhas ilustram as aventuras do filho de Freud no que seriam suas tentativas de lidar com as experiências edípicas. Tudo isso, com participações mais que especiais da sua irmã e outros personagens já conhecidos da história da Psicanálise.

O melhor disso tudo? É poder ver a graça de algo que, na nossa prática diária, é tão sério. E ainda, lembrar que nem o pai da Psicanálise estava imune a sua própria teoria… claro que, isso tudo com muito bom humor.

Referências:

Cyrulnik,B. Autobiografia de um espantalho – Histórias de resiliência: O retorno à vida. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

Urbano, P. Filhos do Freud. Rio de Janeiro: Zás, 2013.

 

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