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Educação Infantil

II Colóquio_Psicanálise e Sociedade

 

Entre os dias 16 e 18 de Novembro o curso de Psicologia da UNISINOS conterá com o II Colóquio Psicanálise e Sociedade e o foco desse encontro é na infância e na educação infantil. No dia 16, pela parte da manhã, mediarei a mesa “O trabalho da Psicologia em Diferentes Contextos da Educação” composta pelos convidados: Andressa Andrioli e Melissa Hickmann Müller (EDUCAS)
Georgius Cardoso Esswein e Carolina Machado Mombach (SEMEC Ivoti).

Mais informações: https://www.facebook.com/events/1665101543802399/

Promover, desenvolver e participar de espaços de discussão, reflexão, trocas e transformações é a cara da Psicanálise. Que satisfação fazer parte disso!

Um assunto a ser retomado: quais são os limites? (Jornal do Almoço do dia 10 de outubro)

Essa semana – na segunda-feira (10 de outubro) estive no Jornal do Almoço em um quadro que busca responder dúvidas dos telespectadores. O tema em questão era Educação Infantil e como lidar com as crianças hoje.

Duas coisas me chamaram a atenção de maneira mais intensa:

A primeira é uma constatação em relação ao fato dos pais se encontram ansiosos e inseguros com a sua posição de educadores. E a segunda, é referente à velha questão: fazer uso de força física com crianças ou não (bater ou não?).

Em relação a primeira constatação,  é interessante pensar que na mesma proporção em que os pais se questionam e assustam-se com o fato dos filhos “não terem limites” , eles mesmos parecem estar perdidos com o que podem fazer ou não na educação dos seus filhos, inseguros com relação ao que estão “autorizados”, ou seja, parecem estar absolutamente perdidos com seus próprios limites como pais e como sujeitos. Onde acaba a função dos pais? Ou melhor, onde ela deveria começar?

No que diz respeito à questão que se arrasta para nós, se é válido bater em uma criança, parece-me que ela está intimamente articulada com a constatação anterior. Quando pensamos nessa notável dificuldade dos pais com seus papéis – e o mais relevante nesse caso: eles se sentirem à vontade com seus papéis – o uso da força física com as crianças parece ainda ser um recurso útil e lógico, na medida em que a diferença física é mais concreta e, assim, pode ser exercida com relativa “tranquilidade” visto ainda pairar certa aprovação cultural ao castigo físico.

Entretanto, quando passamos para um plano de idéias, de conceitos e de diferença de papéis a situação fica obscura, pois os pais parecem estar sentindo que suas posições dentro das famílias estão fragilizadas e postas em dúvida. Logo, esses sentimentos de insegurança alcançam suas relações com os filhos e com a sociedade através de uma questão latente: qual o meu limite como pai?

Que fique claro: é ótimo podermos pensar sobre novas formas de educar e transmitir conhecimento e afeto para os pequenos, contudo, a impressão que muitas vezes fica é que, o que se discute não é nada novo, ao contrário, é relativo a algo absolutamente tradicional: ser mãe e ser pai.

 

Está na Zero Hora de hoje: 44% dos alunos chegam ao 4º ano sem saber ler

A notícia é triste, mas é real: as crianças não estão aprendendo a ler e acabam passando de ano sem ter adquirido essa habilidade.

O que isso pode significar exatamente?

Hoje, para essas crianças, dificuldades e uma série de situações frustrantes, as quais podem transformar a escolarização em um processo desagradável e que causa repulsa.

No futuro, adolescentes e adultos que não conseguem interpretar o que estão lendo e com isso, não apreendem os sentidos dos textos explorados.

Isso é grave.

Isso é fácil de ser visto.

Mas, isso não deveria ser a regra.

Terapia das Havaianas? (Quando as palavras falham, as ações surgem)

 

Há quem acredite que uma maneira eficaz e adequada de educar crianças chama-se “terapia das Havaianas”, ou seja, uma boa chinelada e as coisas se resolvem. Contudo, não entendo que as coisas andem bem por aí, se pensarmos na conduta do adulto, principalmente.

Parece-me que quando a fala se torna impossível ou ainda, quando se mostra insuficiente é comum que se passe ao ato. Isso poderia ser exemplificado em várias situações, entretanto uma das mais comuns e igualmente uma das mais controversas é sobre o uso da força – palmadas, etc. – na “educação” das crianças.

O adulto em franca vantagem física pode não ter clareza da brutalidade que sua ação supostamente educativa pode ter para uma criança. Sua palavra falha diante de um ser pequeno e, algumas vezes, desafiador; na falta de um recurso, usa-se outro: a força física.

Imaginar a cena é o suficiente para muitos entenderem a desproporção que se apresenta. Quando me refiro a desproporção é em vários sentidos: de tamanho, de força e, talvez o mais importante, de maturidade.

O interessante é pensar como um ser pequeno pode simplesmente privar os pais da capacidade de pensar e buscar outra solução para a questão na qual estão envolvidos.

O que certamente será um aprendizado quando pensamos na possibilidade de bater em uma criança, será: aprende-se que quem grita mais alto, é ouvido; que quem bate mais forte, é “respeitado”; que quem deveria ser mais maduro por ser mais experiente e portanto, mais lúcido, nem sempre conseguirá entender e ensinar isso.

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