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Crianças

Amamenta-se até que idade mesmo?

 

Há uma campanha veiculada muito recentemente com uma atriz e seu bebê na qual se afirma que amamentação deve ser estendida até dois anos ou mais da criança.

Será?

As alegações em defesa a essa postura são diversas, cita-se o fato da criança ter aumentada sua imunidade, ter melhorada sua capacidade respiratória, entre vários outros benefícios. Entretanto, psicologicamente como isso se processa? Ouve-se alguma consideração clara e mais profunda sobre as conseqüências psicológicas, boas ou más, desse largo período de amamentação? Seria apropriado?

Creio que a palavra correta nem seria “apropriado”, poderia ser qualquer outra que nos remetesse a pensar sobre os laços vinculares desse bebê e dessa mãe, sobre o apego, a dificuldade de separação, autonomia e independência, enfim, uma série de questões de cunho psicológico que se dão nesse mesmo momento em que os tantos benefícios fisiológicos são defendidos.

Não se trata de minimizar as conseqüências positivas da amamentação para o desenvolvimento físico do bebê, e sim salientar outros pontos que devem ser considerados, pois todos eles são absolutamente importantes para a saúde física e psíquica da criança.

Além disso, ainda caberia salientar algumas questões de ordem prática e da nossa realidade, com a finalidade de acalmar aquelas mães que se encontram angustiadas, visto que não conseguiram ou não conseguirão amamentar seus filhos por mais meses que a licença maternidade lhes permite:

– o bebê precisa muito da mãe nos primeiros meses e anos de vida, sendo que no decorrer do seu desenvolvimento vai gradativamente precisando cada vez menos e isso é saudável; com a amamentação é a mesma coisa, uma criança em condições de explorar o mundo e outros alimentos, pode substituir o peito de sua mãe sem danos físicos ou psicológicos e isso, será saudável para ambos.

É sempre importante frisar: qualidade é fundamental, a quantidade nem tanto.

É brincando que a gente se entende!

 

O brincar tem um lugar e um tempo próprios… Para controlar o que está fora, deve-se fazer coisas e não simplesmente pensar ou desejar, e fazer coisas, implica em tempo. Brincar é fazer.

                                                                                                                                                                                                                      Winnicott (1975)

 

Quem foi que disse que brincar não é coisa séria?

 

Pois sim, brincar é algo muito sério e deve ser respeitado, pois é através dessa atividade – extremamente elaborada e complexa – que as crianças começam a se descobrir como sujeitos, elaborar suas questões, dar vazão a criatividade e preparar-se para adentrar o mundo dos adultos posteriormente.

 

É através da brincadeira que as crianças exploram um mundo intermediário, que nem pertence a realidade externa, nem a interna, pertence a uma zona própria para a criação, na qual a ilusão é a força motriz. Aqui, utilizamos a palavra “ilusão” no sentido de poder criar, não de maneira pejorativa ou de cunho patológico.

 

É interessante frisar que essa atividade começa muito cedo, por volta dos primeiros meses de vida do bebê. Em um primeiro momento, a criança vai brincar com ela mesma, com o corpo da mãe e depois passará a outros objetos. Será brincando que o mundo interno será povoado e por conseguinte, teremos um sujeito criativo (no mais amplo sentido) e saudável.

 

Brincando com uma propaganda veiculada recentemente: Porque brincar faz bem!

Tempo de férias x Tempo de aulas

 

Nada como as férias do meio do ano para revigorar a gurizada e, em alguns casos, dar um cansaço nos pais. As crianças definitivamente precisam desse tempo para descansar e poder diversificar as atividades através de brincadeiras, passeios ou qualquer outra possibilidade que vá além da escola.

 

Contudo, o tempo é pequeno entre o início e o fim das férias e logo os pequenos retomam suas atividades: uns com saudades, outros nem tanto. O fato é que nos encaminhamos para o fim do ano letivo e nesse momento parece ser comum que algumas questões de desempenho escolar não satisfatório, a qual vinha se arrastando até então, tornar-se urgente.

 

Salienta-se que, muitas dessas dificuldades escolares podem ser questões relativamente simples de serem solucionada: algumas vezes a criança sofre com dificuldades visuais ou auditivas, as quais indiscutivelmente dificultam o aprendizado.

 

Já outras, as de cunho psicológico, são mais complexas no que tange a resolução. É preciso avaliar e compreender o que está acontecendo com a criança e por que razão está aparecendo no contexto escolar. Uma hipótese (que compartilho com outros colegas e estudiosos) é que, as crianças atualmente passam muito mais tempo envolvidas com as atividades da escola e, portanto é nesse local que suas questões acabam se desenrolando, mesmo quando seus conflitos não estão vinculados diretamente a escola propriamente dita.

Bom retorno as aulas!

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