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Há uma série bastante conhecida e já antiga na qual a personagem principal se chama Carrie. O cerne da série, em tese, seria a busca pelo amor. Em tese. Fiquei escutando algumas pessoas, pensando e já vi vários episódios dessa série em diferentes momentos da minha vida e mais recentemente, percebi o quanto a personagem Carrie é uma pessoa extremamente egocêntrica, insegura e, inevitavelmente, egoísta.

A série não é sobre o amor. É uma amostra de como uma pessoa se conecta com outras, amigas no caso, e faz com que todas as questões fiquem centradas em si mesmas, o tempo todo.

E se pensarmos: “Ok, mas é só uma série! É ficção!”.

Na prática, na vida “real”, será curiosamente fácil achar muitas Carries por aí – ou quem viva com o que brinco aqui de Síndrome de Carrie B.

As situações são corriqueiras, mas vão lesando os laços. A falta de investimento enfraquece o vínculo, e, com isso, esvazia o sentido da relação. Quem se mantém nesse tipo de relação, está funcionando de maneira dependente e submissa, perdendo a condição de ser espontâneo e com isso, humano: ou seja, há de se ter espaços verdadeiros para as pessoas dentro de uma relação, seja ela de amizade, seja ela amorosa.

Onde prevalece um, o resto é escada – está ali para que um outro a ase para ascender, subir, aparecer. Há quem queira ser escada? Sem dúvida. Quem precise ser escada? Certamente. Há muitas e muitas formas de construir relacionamentos e tentativas de vínculos. Na série em questão, as amigas se prestavam a isso todas as temporadas, incansavelmente. Primeiramente, o roteiro as obrigava, ponto pacífico e pobre em discussão; em segundo, porque reflete um funcionamento que não é incomum nas relações. E o que se busca enxergar ou sentir nas séries ou filmes as quais assistimos diariamente? Algo que nos inquieta, mas que é estranhamente familiar.

O que é estranho e familiar na série ou filme que você vê nesse momento?

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