Sabe aquele bichinho de pelúcia que o seu filho não larga?
Ou aquele paninho sujo, encardido o qual você é desesperada para lavar, mas que quando isso acontece o pequeno dá o maior ataque?
Esses objetos podem ser mais importantes do que julgam os adultos! Eles se chamam objeto transicional. Esses objetos, em geral macios, fazem parte de um mundo a parte que a criança constitui para ela, no sentido de inaugurar espaços de subjetivos de saúde, criatividade e amadurecimento.
O objeto transicional se organiza dentro do que a teoria winnicottiana denominou de área transional, ou seja, um espaço que não diz respeito exclusivamente a realidade interna da criança, nem a externa – veremos esse espaço amplamente utilizado na fase adulta através da religião e da arte, por exemplo.
O objetivo desse objeto é auxiliar a criança a lidar com ansiedades “esperas” para o desenvolvimento, sendo que gradual e naturalmente esse objeto será deixado de lado porque simplesmente ele perderá seu sentido.
Todos os bebês possuem objeto transicional? Não necessariamente, embora em alguns casos o objeto possa passar desapercebido porque pode não ser um objeto propriamente dito, pode ser uma canção, por exemplo.
Eu tive o meu objeto transicional, humm… coisa boa. Era muito bom. Queria entender mais como ele se realaciona quando adulto através da arte e religião. Será pq essas duas coisas nos trazem quem sabe algum tipo de segurança e transcendência?!
Gostei!!!
Oi Fe, acredito que em parte sim, promovem um sentimento de continuidade e segurança, mas também porque fazem parte (a arte e a religião) de um espaço potencial e criativo, o qual não pertence nem a uma realidade estritamente interna, nem externa, ocupando um meio-termo. Dessa forma, é possível através da criação transitar de maneira saudável.