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O que preciso saber #5: CONTRATO Orientações aos jovens psicoterapeutas

By fevereiro 21, 2020Psicologia

 

87459757_2772171106184638_3258120422188646400_nVamos falar um pouco mais sobre as combinações ou contrato no atendimento infantil, mais especificamente?

Quando o paciente é menor de idade, adolescente ou criança, a questão do contrato é um pouco diferente, uma vez que o paciente é dependente de um ou mais cuidador. Logo, o contrato, assim como outros pontos, é mais complexo pois envolve um número superior de sujeitos.

 

Vamos começar definindo o que é um contrato: Na área psi quando falamos de contrato estamos falando do acordo inicial para o trabalho entre o profissional e o paciente. Segundo um autor bastante tradicional, Etchegoyen (2004), “o propósito do contrato é defini concretamente as bases do trabalho que se vai realizar, de modo que ambas as partes tenham uma ideia clara dos objetivos, das expectativas e também das dificuldades a que as compromete o tratamento [….].” (p.49). Essa definição ajuda, embora, do meu ponto de vista, é bastante otimista: o contrato ajuda a minimizar expectativas e dificuldades, não as evita de maneira nenhuma – e, de acordo com minha experiência, frequentemente ambas precisam ser manejadas durante o curso do tratamento.

 

Posto o que é o contrato, como ele se realiza quando o paciente é um miúdo ou uma miúda?

As combinações sobre dia, horário e os objetivos do tratamento inicialmente serão feitas com os responsáveis pela criança, assim como a questão do valor da sessão. Esses pontos são os iniciais, há outros ainda que serão discutidos e acordados com os cuidadores: férias, por exemplo. Quero ressaltar um ponto: objetivos do tratamento, esse ponto será acordado com os pais uma vez que a avaliação da criança já tenha sido realizada e, com isso, será levado em alta conta as demandas do sujeito em questão: a criança.

Tão logo o paciente comece a frequentar as sessões, as mesmas combinações serão realizadas com ele – “as mesmas?”, pensou você. As mesmas, respondo. Entretanto, como venho falando nos meus textos, a linguagem deverá ser apropriada ao seu paciente e as informações serão colocadas para ele em momentos que o psicoterapeuta/analista julgar pertinente: ou seja, não devemos interromper uma associação livre (que é feita em forma diferenciada da do adulto) para colocar essas combinações. Ou seja, o miúdo ou a miúda deve estar a par de como o seu tratamento irá funcionar – agregando-se a isso, é primordial a combinação de sigilo com seu paciente.

E então, o texto ajudou?

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