Hoje quero falar sobre o setting terapêutico.
Você sabe o que é um setting?
Há quem entenda que setting é um ambiente físico, no qual encontraremos alguns móveis e temos alguns cuidados, como a questão do cuidado acústico. Setting é isso TAMBÉM. Mas, não somente. Setting é TODO um AMBIENTE que abrange a parte física e a parte EMOCIONAL também – uma complementa a outra. Esse ambiente único criará as condições ideais para o paciente trazer seus conteúdos, dificuldades e expor-se de maneira profunda e com confiança.
O setting não tem um padrão, podemos perceber os mais diferentes estilos e não há certo ou errado. Há alguns cuidados que são comuns entre os psicoterapeutas e psicanalistas, tais como:
#1 Disponibilidade de escuta: o profissional está genuinamente interessado no que o paciente está lhe trazendo, e para tanto, há espaço na sua mente para acolher esses conteúdos, uma vez que seu próprio tratamento está em andamento (ou finalizado, em algumas situações);
# 2 Ambiente físico: o consultório deverá ser um convite por si só ao paciente, isto é, deve haver um local confortável para que o paciente possa se sentar ou deitar (no caso do uso do divã); um cuidado com a temperatura e luz do local; e um cuidado com o som. Nesse último item, é imprescindível que quem está fora da sala, na sala de espera, por exemplo, não escute o que está acontecendo dentro da sala de atendimento.
# 3 Haver um contrato de que dê o contorno desse setting: por contrato se entende algumas combinações básicas para que o tratamento ocorra. Usualmente, essas combinações abrangem horário, dias, valores das sessões, se serão cobradas sessões nas quais o paciente não comparece, férias, dentre outros pontos. Tradicionalmente, o contrato é verbal, não há um documento físico assinado. Entretanto, isso tem mudado em alguns contextos, como o de avaliação psicológica, por exemplo, contudo dependerá da escolha do profissional em questão.
Ajudou?
Mais dicas nos próximos posts!