Toda forma de arte é algo que deve ser considerado e respeitado, fato. Entretanto, você pode gostar e admirar mais uma do que outra, isso não é vergonhoso.
Pessoalmente, a música é minha predileta.
Aquela música que te transporta, que te busca pela mão e te conduz para algum lugar – um lugar pessoal e solitário. Quando se está diante desse mar sonoro – que te invade completamente alheio a tua vontade – é impossível não se sentir impelida a flutuar pelos pensamentos e devaneios, como se isso fosse o caminho mais lógico a ser seguido. E sentir.
Sentir a música com a carne, sentir com o corpo. Simplesmente deixar-se sentir.
Um artista que se dedica a dar essas sensações todas a outros que ele não conhece – nem sabe se são dignos do seu presente – imagino que percorre um caminho tão interessante que fica impossível para meros admiradores compreender. A composição, os arranjos até a finalização da obra consumirão uma energia intensa, deixarão marcas de desgaste criativo e emocional?
Creio que a resposta possa ser afirmativa e talvez, por isso, ao ouvir essas obras de arte elas nos façam transbordar.