Quando uma tragédia acontece e muitas pessoas perdem suas vidas – como o que aconteceu em um final de semana de janeiro na cidade de Santa Maria no mês de janeiro desse ano – é inevitável nos depararmos com os nossos “sentimentos de morte e morrer”.
Concordo quando escreveram que morremos todos um pouco com essa tragédia. Mas, pensando por outro prisma, além de morrermos, também emerge a consciência de nossa finitude, de nossa própria morte, da nossa fragilidade como humanos que somos – mas que temos que nos haver poucas vezes durante nossa vida. Uma tragédia dessas nos joga para dentro do inevitável: morrer dói, morrer desorganiza, morrer não é uma opção.
A morte dos outros, não é diretamente a nossa, mas é como se fosse, porque além de nos colocar frente a frente com uma consciência adormecida – e quase esquecida – de que também estamos nesse barco, abala um equilíbrio que nos esforçamos para manter. Equilíbrio esse que diz respeito ao que firmamos para nós mesmos e para quem nos rodeia: a vida é preciosa e deve ser preservada, continuada, cuidada. E diante de tanta vida como só a juventude pode representar, viver – e viver bem! – devia ser a única opção.