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Psicologia

Os recomeços nossos de cada dia!

Em vários momentos da nossa experiência – na verdade, todos os dias de todas as semanas de todos os meses dos anos em que a vida se desenrola –  os recomeços são constantes. Quando grande, abruptos ou inesperados, geram estupefação, desacomodação e promovem uma sensação de acontecimento importante, um verdeiro recomeço, bom ou nem tão bom assim, mas um novo caminho do mesmo ponto de partida.

Quando pequenos os recomeços, esses acabam passando até meio desapercebidos. As vezes por serem insípidos, de fato, as vezes por estarem tão entrelaçados ao curso dos dias que realmente não sentimos nem o solavanco o qual logo nos faz acomodarmos em nossos lugares. Para mim, parece indiscutível que os nossos recomeços existem e que sempre promovem algo em nós, mais ou menos, grande ou pequeno, cheio de sabores ou amargos, eles não deixam de acontecer porque não os percebemos, ou ainda, nos paralisamos frente a eles.

Hoje, para mim que tenho meu começo de semestre letivo, o meu recomeço faz com que eu sinta a vontade de estar nele, vivê-lo porque a experiência, grande ou pequena – nunca sabemos! – é válida por existir!!

Nessa “good vibe” (re)começo também com livro novo, vamos ver o que guarda essa leitura!!

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Revista Rabisco “Agressões”: Artigo “saindo do forno”

Sempre que falamos sobre Abuso Sexual Infantil algo se desacomoda em nós. E por mais que falemos sobre o tema, sempre fica o que ser dito, pensado, escrito e trabalhado.

Em minha mais recente parceria, com a quase psicóloga Maria Elisabete P. dos Santos e a psicóloga e psicanalista Evelise Waschburger, uma nova publicação cheia de carinho pôde surgir, abordando esse difícil tema sob uma perspetiva cada vez mais especial para mim, a perspectiva winnicottiana.

Na nova edição da Revista Rabisco, intitulada Agressão, você poderá conferir o artigo “Impactos do Abuso Sexual no Desenvolvimento Infantil: Reflexões á Luz da Teoria Winnicottiana”.

Que as leituras sempre nos ampliem e nos inspirem para um trabalho cada vez mais comprometido e criativo!

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Dia Internacional do Brincar

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No dia Internacional do Brincar o Blog Conversa de Gente Miúda não podia deixar de registrar o quanto acredita na potencialidade dessa atividade predominantemente infantil.

Sempre desejo que as infâncias de todos os tipos, de todas as culturas, possam ser repletadas de brincadeiras, pois são elas que estão na base da constituição do que somos hoje como adultos.

No Blog você pode achar vários posts que relacionam o tema ou falam dele diretamente.

Seguem dois links já publicados, mas sempre atuais!

É brincando que a gente se entende!

O Brincar e o Desenvolvimento Infantil

Boa brincadeira!!

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(Fotos retiradas da Internet)

Por que uma criança faz psicoterapia?

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Já a bastante tempo que psicólogos trabalham com crianças em psicoterapia, espaço esse que foi destinado aos adultos por excelência. Contudo, a infância sempre esteve presente, em especial porque ela era trazida por suas memórias, marcas e experiências todas as quais dizem do adulto que somos hoje.

Nesse sentido, em geral, é possível perceber que pensar em um adulto fazendo psicoterapia é algo que parece já assentado para o público em geral, contudo esse raciocínio parece não se aplicar às crianças de uma maneira tão natural. Por que uma criança precisaria de psicoterapia? Não é nessa fase da vida que somos mais felizes e, portanto, estamos bem?

Nem sempre, seria uma possível resposta, embora vaga. Ou ainda, na verdade isso não é a regra. A infância é ainda uma fase de desenvolvimento extremamente idealizada, na qual de fato, fantasia-se uma séria de aventuras repletas de felicidade incomensurável, prazeres e falta de compromissos – o sonho para muitos adultos. Contudo, não se trata disso em absoluto.

A infância é um momento muito intenso para o desenvolvimento dos sujeitos e com isso, há muito trabalho a ser feito. Cada descoberta, cada aquisição, cada momento pode ser muito extenuante, exigente e, em algumas situações, longe de remeter a um estado de felicidade transcendente. Nós, adultos, esquecemos, mas aprender a andar, por exemplo, é um desafio físico e psíquico imenso, envolve tantas variáveis emocionais tão sutis – e espontâneas – que muitas vezes passam desapercebidas a “olho nu”.  Passar usar um garfo ao invés de uma colher na refeição? Básico? Acredite, nem tanto!

Até agora, pontuei algumas questões mais específicas do desenvolvimento esperado, mas é quando essas questões encontram “barreiras” a sua franca expansão, agregando-se outras dificuldades daquele pequeno sujeito e de seu entorno, que a situação pode complicar.

Já adianto: Não há fórmula pré-determinada para indicar psicoterapia para uma criança – como não há fórmula alguma para a psicanálise (infantil ou adulta) quando pensamos nas articulações subjetivas possíveis. Contudo, penso que conseguir olhar de forma mais atenta ao que se passa com os pequenos pode ser um bom começo, buscando escapar das idealizações que se acabam por se tornar amarras, ou ainda, do receio de se cair na trágica culpabilização parental.

Acima, falei que muitas coisas passam desapercebidas a “olho nu”: é necessário relativizar nesse ponto! Na verdade, para pensarmos se nossos pequenos precisam ou não de psicoterapia, seria interessante desnudar-se de ideias pré-concebidas sobre a infância, e permitir-se perceber que não precisa ter tamanho, ou idade, para que o sofrimento se apresente de maneira importante. Acredite ou não, sofrimento não é proporcional a tamanho ou idade. Poder lembrar ou perceber isso seria um passo importante. Lógico? Acredite novamente, passa longe de ser fácil!

Ensinar a “falhar”? É possível falar dessa palavra?

O psicanalista Jean-Pierre Lebrun, autor de diversos livros na área da psicanálise (“Um mundo sem limites”, por exemplo), discorre em uma entrevista sobre a relação dos pais com seus filhos e o título da entrevista chama a atenção justamente para a questão inerente a todos os humanos: falhamos.

A reportagem em questão “Ensinem os filhos a falhar”, feita por Ronaldo Soares, apresenta várias questões propostas ao psicanalista e explanadas por esse último. Duas questões, cito aqui em especial, são colocadas e articulando as respostas dadas a elas emerge o que dá título a entrevista: “Por que os pais hoje têm tanta dificuldade de controlar seus filhos?” e “Existe uma fórmula para evitar que os filhos sigam por um caminho errado?“,  é nessa última que Lebrun afirma:

É preciso ensiná-los a falhar. Uma coisa certa na vida é que as crianças vão falhar, não há como ser diferente. Quando os pais, a família e a sociedade dizem o tempo todo que é preciso conseguir, conseguir, conseguir, massacram os filhos. É inescapável errar. Todo mundo, em algum momento, vai passar por isso. Aprender a lidar com o fracasso evita que ele se torne algo destrutivo. Às vezes é preciso lembrar coisas muito simples que as pessoas parecem ter esquecido completamente. Estamos como que dopados. Os pais sabem que as crianças não ficarão com eles a vida inteira, que não vão conseguir tudo o que sonharam, que vão estabelecer ligações sociais e afetivas que, por vezes, lhes farão mal, mas tentam agir como se não soubessem disso. Hoje os filhos se tornaram um indicador do sucesso dos pais. Isso é perigoso, porque cada um tem a sua vida. Não é justo que, além de carregarem o peso das próprias dificuldades, os filhos também tenham de suportar a angústia de falhar em relação à expectativa depositada neles.”

O estudioso aponta sobre um ponto muito interessante o qual fala dessa condição humana a qual inclui errar e falhar, e essas experiências tomadas como algo inevitável e não negativo para o desenvolvimento, visto que permitem um contato profundo com as experiências totais da vida – internas e externas. Lebrun afirma também que os filhos se tornam indicadores do sucesso dos pais, logo, penso que apostar em filhos infalíveis, é também apostar na sua condição onipotente e narcísica de pais. Parece-nos que há uma transmissão desse sentimento nesse momento em que vivemos: prometa que não falhará, seja lá no que for e como for, e assim, todos nós viveremos ainda não felizes para sempre.

Adoção: O que uma filha adotada pode dizer

Li um texto sucinto sobre adoção, mas surpreendente porque foi o primeiro que vi circulando pela internet falando do tema, mas pela perspectiva do filho adotado.

Há diversos materiais sobre isso, refiro-me em especial na área da Psicologia. Contudo, sempre falar sobre esse contexto familiar, ou essa possibilidade de arranjo, é algo delicado, complexo e ainda necessário. Ressalto 3 pontos do texto “10 Dicas para pais adotivos (pela perspectiva de uma filha adotada)” escrito por Chistina Romo:

1. Impossível ignorar que perder os pais de nascimento é traumático para uma criança. Esta perda será sempre uma parte de mim. Irá moldar quem eu sou e vai ter um efeito sobre meus relacionamentos – especialmente a minha relação com você.

5. Eu preciso de você para me ajudar a aprender sobre a cor da minha pele ou minha cultura de origem, porque é importante para mim. Eu não me pareço com você, mas eu preciso de você me dizendo – por meio de suas palavras e ações – que não há problema em ser diferente.

10. A adoção é diferente para todos. Por favor, não me compare com outros adotados. Apenas veja a experiência dos outros para que isso lhe ajude a encontrar a melhor maneira de me entender. Respeite-me como um indivíduo. Nossa jornada nunca vai acabar; não importa o quão instável a estrada possa ser, e independentemente de onde ela pode levar, o fato de estarmos juntos nesta mesma estrada vai fazer toda a diferença.

Clicando nos tópicos você terá acesso ao Blog Tudo Sobre Minha Mãe e no link abaixo o artigo original:

http://www.huffingtonpost.com/christina-romo/10-things-adoptive-parents-should-know-an-adoptees-perspective_b_6666152.html

Confira!

Semana Acadêmica UNISINOS e Psicologia

Dia 07 de Novembro (2014) estarei em uma mesa redonda na Semana Acadêmica da UNISINOS dos cursos de Saúde na sede Porto Alegre. Nesse momento, em diálogo com uma nutricionista e um pediatra, poderemos discutir algumas ideias sobre questões alimentares na infância e suas implicações para o desenvolvimento infantil.

Afinal, comer também é um ato de afeto.

Como dica de documentário sobre o assunto infância e questões alimentares indico o “Muito Além do Peso”, cuja referência já constava no Blog desde o ano passado! Segue o link:

Dica de vídeo: Muito Além do Peso

Vale a pena conferir!

Cobrança de Honorários na Prática do Psicólogo: Aprendizado durante a graduação

Um tema que é tabu – ainda!! – na formação dos psicólogos é a cobrança de honorários pelo seu trabalho. Embora Freud (1913/1912) já falasse sobre o assunto, assinalando sua relevância para a relação e para o tratamento, a questão não é tão simples ainda nos nossos tempos. Falar de dinheiro tornou-se um assunto tão repleto de melindres e rubores, que preferiu-se deixar para um outro momento, o qual, não chegará.

Em período de estágio, Ana Lúcia Martins, a primeira estagiária do Serviço de Psicologia da FADERGS e minha primeira supervisionanda no local entende que seria apropriado tocar no assunto e juntas nos propusemos a tal tarefa, discutindo em supervisão, realizando seminários e escrevendo sobre o tema. Essa empreitada hoje aparece através de um artigo publicado, cujo título é “Aprendizagem de cobrança de honorários durante o estágio em psicologia nas clínicas escola”.

Mais um passo foi dado no sentido de apontar espaços de discussão e construção sobre o tema. Certamente temos muito o que conversar sobre o tema. Certamente há muitas questões a serem abordadas, sem falar da necessidade de preparação dos nosso futuros colegas no quesito “vida real, que inclui pagar contas todo o mês”.

Parabéns, Ana!

Confiram o material no link!

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