Assim como filhos os livros também saem de casa: Do lar para o mundo!
Tomam seu rumo!
Acabam seu tempo conosco!
Vão-se! Crescem! Desapegam!
E não somos nós necessariamente que nos desapegamos deles: são eles que desapegam de nós, como se houvesse um tempo e depois disso, precisam alçar outros vôos. E vão.
Você os procura; você tinha certeza que os encontraria em algum lugar, mas não. Ele se foi. Certamente está com alguém que o veja de maneira diferente, que tenha com ele uma outra relação.
E como na vida, um dia talvez você saberá boas notícias dele:
_ Sabe aquele livro que você me emprestou há anos?
_Que livro?
_ Aquele livro sobre aquele assunto, com aquela história linda!
_Não brinca que estava com você esses anos todos!
(Risadas de alegria e calma!)
O livro transformou outra pessoa e fez história com ela.
Ou, nunca mais. Uma relação que acabou como num sumidouro. Não houve despedida, nem uma notícia posterior cheia de gratidão. Há só a lembrança.
Livros e pessoas: são incríveis, não acha?