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Bibiana Malgarim

A filha do Coveiro

novoa-apresentacao-do-microsoft-powerpointEstá circulando pelas redes sociais uma corrente literária! Amei! E quem gosta de livros e tem o hábito de ler também está curtindo.

O barato também consiste em saber que chegará na sua casa livros que você nem imagina, e são livros que pessoas, que você não conhece, gostam e querem compartilhar com você essa leitura.

Além de livros, você não fica com a impressão que recebe afeto também?

Aproveitando esse momento vou deixar aqui no BLOG uma indicação de livro que amei e que muitos outros certamente irão gostar dessa forma também: A filha do coveiro, de Joyce Carol Oates. Um livro pungente, vivo e  cativante. Toca em temas comuns a todos, e quem é um estudioso de psicanálise sentirá o velho Freud nas entrelinhas da narrativa – sem menções óbvias ou teóricas, claro!

Espero que gostem!

OBS.: Esse livro é para gente grande, tá? 😉

Férias: Um desafio para a psicoterapia d@ miúd@

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As férias de verão são definitivamente um período muito aguardado pelos pequenos: a rotina muda; as brincadeiras e jogos estão liberados; não há tarefas escolares; os horários são mais flexíveis. Parece ótimo, não parece?

A questão que proponho é: e como fica a psicoterapia d@s miúd@s nesse período?

É frequente que os pequenos associem férias escolares à “férias” da psicoterapia, até mesmo alguns pais acabam por fazer essa associação – e não é gratuita: primeiro porque a psicoterapia é um compromisso assumido pela família e pelo paciente; segundo, porque muitas queixas advém de questões escolares. Claro que haveria uma terceira, quarta, quinta, etc. explicação, mas em síntese podemos indicar essas duas, as quais são muito comuns. Contudo, o período de férias escolares dos pequenos, em regra, não deve ser equivalente ao período de afastamento da psicoterapia.

É fundamental ter em mente que psicoterapia é contato, vínculo, é rotina também. Manter o trabalho mental é importantíssimo para que o processo não se prejudique.E isso se aplica de forma ainda mais especial quando falamos de crianças bem pequenas ou com dificuldades de desenvolvimento severas. Descanso é fundamental, para todos, entretanto, esse espaço não deve ser tão extenso a ponto de afloxar o laço que é a relação terapêutica.

Dessa forma, a psicoterapia deve continuar mesmo no período de férias escolares – em geral, de quase 90 dias (3 meses)- e as férias da psicoterapia podem ser combinadas com o psicoterapeuta, o qual discutirá conjuntamente com a família o período mais interessante para todos. Depois disso, boas férias!!

Quem gosta de brincar de/com boneca?

Brincar é viver.

Brincar é uma experiência.

Brincar é aprender sobre si e sobre o mundo, sem conotação pedagógica.

Brincar é simples.

Brincar é fundamental.

Brincar de boneca, por que?

Quem de nós não brincou com uma ou ao menos quis, de alguma forma, brincar com uma boneca, independente de como ela fosse. É um objeto cheio de significados e esses, em geral, são muito particulares a cada criança. Embora não podemos desconsiderar que há sim uma significativa influência social sobre a boneca e sua utilização – falo tanto da questão de gênero, quanto ao valor monetário, indo até a questão da cor da boneca.

Recentemente, fui capturada pela beleza de uma boneca de pano feita artesanalmente de maneira linda – uma Frida Kahlo. Claro que o fato de remeter a essa icônica figura feminina tem um sentido para mim, mas o fato de ser uma boneca também. Lembrei de uma reportagem que li na página do Instituto Alana sobre a relevância das bonecas para as crianças. Nesse conteúdo a profissional Nina Veiga conta um pouco sobre as bonecas, suas utilizações e origens e também sobre sua experiência de fazer e ensinar fazer bonecas.

“A boneca é uma expressão da linguagem, é uma maneira de expressar simbolicamente aquilo que nos cerca.”

Nina Veiga

Nesse último post do ano me despeço com essa linda boneca e desejando  inspiração para a aventura de viver!

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Frida Kahlo feita pela Meia Tigela (Porto Alegre)

Capítulo: As relações de gênero na escola: Provocações psicanalíticas

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Já dizia o sábio:

Felicidade só é felicidade quando compartilhada.

Escrever para mim é uma felicidade, escrever sobre o que faço, é muita felicidade. Então, compartilho com vocês o capítulo do livro “Compêndio de Artigos I Encontro História & Psicologia: dialogando Relações de Gênero” o qual foi divulgado no dia 12 de Dezembro (2016).

Em parceria com a colega e amiga Renata Plácido lançamos provocações a respeito das questões de gênero no contexto escolar, pelo olhar psicanalítico – que sempre nos acompanha (e que ótima companhia!).

Abaixo o trechinho que dá o ponta pé na nossa discussão, confere:

Na atualidade, a diversidade, especificamente as manifestações da ordem da sexualidade, apresenta-se na sociedade de forma aparentemente mais democrática ou, ao menos, em termos entendidos como mais “politicamente corretos” do que outrora. De qualquer maneira, tronar-se evidente que há mais espaço para o que nesse momento cultural e social se identifica como “diferente”, o que não significa dizer que há mais tolerância para o “diferente”.” (Plácido e Malgarim, 2016, p.35)

(Imagem retirada do Google Imagens)

Palavra de ordem: RECICLAR

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Reciclamos nosso lixo, nossa comida, roupas e por que não reciclar nossos relacionamentos? Como tudo, ou como a maioria das coisas, é necessário também reciclar nossas relações: por sua própria natureza elas se transformam e nos levam junto.

Quando escrito com palavras, parece que o tom é leve, contudo na prática, não. Conseguir deixar para trás o que pertence à casa das lembranças e transgredir a lógica da nostalgia é um buraco fundo em cada um de nós. Não seremos mais os mesmo, não fique contando com isso.

A vida – essa dama caprichosa – prega-nos algumas peças que alteram os rumos possíveis e previsíveis. É justo dizer que, em alguns ou muitos casos, esses rumos são extremamente bem-vindos, felizes e aprazíveis. Contudo, ainda assim é necessário retomar e reler as relações que construímos.

Algumas dessas relações nos acompanharão por anos e exigirão pouca reciclagem, outras necessitarão de atenção: atenção porque elas não serão mais as mesmas e é importante entender isso. Reciclar, limpar e transformar.

Autobiografia de um Espantalho: Caminhos para lembrar

Boris Cyrulnik, psiquiatra, etólogo e neurologista francês, conhece bem o tema Resiliência. Suas obras, as quais comecei a ler ainda no mestrado, possuem uma beleza e uma fluidez, e igualmente uma delicadeza dificilmente pensada quando a escrita se trata de trauma e vivências traumáticas de toda ordem. Estou escrevendo sobre memórias e trauma e recorrer ao que Boris escreve é inevitável.

A construção de memórias é um processo coletivo, não um processo individual. O que quero dizer é que, as lembranças que temos das nossas experiências só existem porque estão relacionadas com a experiência do outro, com o outro e a partir do outro. Nas palavras de Boris: “… seu mundo interno está povoado pelos outros!” (2009, p. 149). Não é por anda que as figuras parentais são tão importantes para seus filhos- que “outros” mais importantes pode haver na vida dos miúdos para serem tomados como referências?

Viver é construir memórias. Somos nossas memórias – e elas são vivas e atemporais porque se atualizam todos os dias através da nossa forma de ser e de se relacionar. Falar sobre nossa vida, sobre nossos sucessos e fracassos, é trazer a tona uma narrativa absolutamente particular e que dependem igualmente de quem acolhe nosso relato. Falar pode ser potencializador para a vida.

Evocando Boris novamente:

“O relato que fazemos do que aconteceu conosco adota a forma que nossa memória lhe dá. Mas nossas lembranças dependem tanto das reações de nossas figuras de apego quanto das histórias que nosso meio compõe com o nos aconteceu. […] Trata-se muito mais da memória de si, da representação que elaboramos de nosso passado do que dos fatos que realmente ocorreram.” (CYRULNILK, 2009, p.146)

Referência:

Cyrulnik, Boris. Autobiografia de um espantalho – Histórias de resiliência: O retorno à vida. São Paulo. Martins Fontes: 2009.

#2ª Edição à vista

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Contagiada pela época  –  Feira do Livro 2016  –  compartilho com vocês que estamos trabalhando na Segunda Edição do nosso livro.

Completamente revisado, com conteúdo novo, capa com novo desing, a segunda edição do livro “Pais e Filhos Separados: Alienação Parental e Denunciação Caluniosa”  escrito em parceira com os advogados Paulo Fayet e Fabiana Ribeiro Lunardi virá abrindo nosso ano novo!

Em breve!!

#2017 #Livros

Feira do Livro #2016 #POA

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Não dá para deixar de registrar que a Feira do Livro de Porto Alegre começa hoje! E tem tantos lançamentos e eventos que fica difícil até mesmo escolher.

Minha aquisições potenciais estão voltadas para a jornalista e escritora Eliane Brum. Acompanhando suas colunas com frequência, deleitando-me com a forma acurada de escrever sobre fenômenos tão complexos e recentemente incentivada por alguns amigos , Eliane está em primeiro lugar da minha lista!

Vejam minhas (ótimas!!) intenções para essa feira:

# Uma Duas, Eliane Brum

#A menina quebrada, Eliane Brum

# Meus desacontecimentos, Eliane Brum

E você, quem está no topo da lista?

 

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