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adminBibianaMalgarim

Depressão Infantil: que bicho papão é esse?

 

 

Nem sempre carinha triste, falta de motivação para atividades diárias ou lentidão de movimentos e ações estão presentes nos quadros de depressão infantil.

A depressão pode ser entendida como um estado de humor em que o indivíduo se encontra com o humor modificado, caracterizado pelo que se concebe como um aspecto de tristeza constante, irritação, diminuição ou aumento de apetite, alterações de sono (aumento das horas de sono, em geral), sentimentos negativistas, dentre tantos outros sinais. Entretanto, esses sintomas não podem ser generalizados de maneira absoluta, pois dependem da faixa etária em que se encontra o sujeito e da análise do contexto em que isso está acontecendo.

E quando falamos especificamente de crianças, devemos tomar mais cuidado ainda, pois a depressão pode tomar outra face, isto é, não apresenta necessariamente sinais tão parecidos com os dos adultos. Nos pequenos, muitas vezes, o que encontramos são quadros de agitação motora agregados a outros sintomas, ou ainda, o que se popularizou pelo nome de “hiperatividade”, visto que a criança pode ficar exageradamente ativa diante de um ambiente confuso para ela.

A depressão infantil pode ser desencadeada por várias situações, dentre elas por razões aparentemente tolas para os adultos, como por exemplo, a perda de um animal de estimação, mudança de casa ou cidade, perdas em geral.

Entretanto, cabe salientar que todos esses sintomas ou sinais devem ser entendidos como indicadores de que algo não está bem e como uma forma de comunicação que a criança nos faz de um estado interno dela. As causas mais profundas serão passíveis de serem entendidas através de uma avaliação psicológica ou psicoterapia.

A depressão é um bicho-papão porque é algo sério e que deve receber atenção, contudo não é tão feio ou tão assustador que não possa ser transformado em outra coisa, mudando de cara, mudando seu caminho.

Por

Bibiana G. Malgarim 

Psicóloga – 07/13403

 

Saudade: uma espécie de idealização

Vou ousar afirmar: Saudade é uma espécie de idealização.

Pense bem: do que você sente saudade?

De quem você sente saudade?

De qual lugar você sente saudade?

É possível listar tantas coisas, pessoas, situações, contudo uma primeira hipótese a ser analisada seria: se fossemos viver uma determinada situação passada hoje, será que não acabaria com o sentimento que protege essa lembrança, a saudade? Vamos mais adiante.

Pensemos nos momentos felizes da infância ou da adolescência, contudo quem voltaria de fato?

Quem tem claro para si o que é ser uma criança? Ou um adolescente? Seguiria vigente a ideia de que se trata de uma “Época de inocência”?

Provavelmente não, pois são épocas de muito trabalho e angústias, afinal você pensa realmente que é fácil aprender a andar, falar e ainda dar conta de uma série de expectativas alheias?

E sobre as pessoas das quais sentimos saudades:

Sente-se saudade de quem morreu, de quem está longe, com quem se rompeu, etc., entretanto, novamente, do que se sente saudade exatamente?

A lógica que desenvolvi acima também caberia aqui, mas é possível ir mais longe. Se pensarmos na pessoa que morreu, antes de sua morte o que se fazia com ela, quantas brigas se teve com ela? E as “manias”, rixas, disputas, discussões, e até mesmo o que se considera como “falhas de caráter”? É interessante como todas essas partes feias ou ruins morreram com ela, não é? E, então, o que fica? A saudade de uma pessoa que não era real – uma idealização na grande parte dos casos. A morte segue  um tabu e morrer pode dignificar muitos.

Pessoas que se afastam ou que afastamos, por qual razão foram para longe e que na época eram imprescindíveis, podem gerar muitas horas de uma saudade dolorosa, a qual corrói por dentro.

Sendo intensamente sincero, como poderíamos pensar nisso tudo? Talvez sinceridade não seja a palavra mais adequada, mas então, será que, em algum momento, teríamos distanciamento suficiente para olhar para a relação em questão?

A saudade pode aplacar defeitos, apagar os erros e exaltar qualidades. Não que isso seja necessariamente ruim – a humanidade é assim –, mas, o fato é que, não é uma forte aliada da realidade, seja ela externa ou interna.

Talvez isso tudo seja bom, muito provavelmente seja necessário para elaborarmos nossos lutos diários. Talvez  só assim seja possível viver.

Saudade não é ruim, nem é patológica, muito menos fácil de dispensar, o perigo abriga-se quando ela toma conta de todas as memórias, quando ela que é uma parte da vida se torna um todo. Saudade é a imagem de algo ou de alguém que guardamos dentro de nós desprovida de senso crítico, sem responsabilidade ou comprometimento com a verdade. É uma idealização, necessária possivelmente, ora elaborada, ora mal resolvida.

De qualquer maneira, que a saudade possa continuar sua saga, afinal, justiça seja feita, é ela quem mantém as coisas no lugar, ou seja, no passado.

Por

Bibiana Godoi Malgarim

O peso da expectativa

Muitos de nós nascemos com algumas tarefas pré-determinadas para nossa vida, que mal começou a respirar. Muitas crianças já sabem desde cedo que deverão cumprir com uma série de objetivos já traçados e desempenhar com louvor uma verdadeira performance. Esse será o peso que cada um levará consigo: o peso da expectativa.

Essa expectativa se arrastará como grilhões para alguns; já para outros será apenas uma referência e, finalmente, para alguns nada significará. Entretanto, o que aparecerá, certamente, serão os casos em que esse peso se tornou intolerável e agora não é mais possível de ser carregado sozinho.

As facetas que essas expectativas (sociais e parentais) podem tomar são variadas, ou ainda, infinitas. Alguns autores da área da psicanálise nomearão fenômeno semelhante como ideal de ego (ou Ego Ideal, dependendo do teórico). Contudo, não é o nome que nos interessa e sim, o que isso significa para uma criança.

Em geral (e que se frise o termo: “em geral”), as expectativas demasiadas e irreais que recaem sobre as crianças são fruto de frustrações dos seus próprios pais, ou seja, situações que eles mesmos não deram conta por alguma impossibilidade e em virtude disso, e de todas as outras questões que se agregam, colocam essa herança em vida para seus pequenos.

Não se trata de culpabilizar. Nunca uso esse termo. Entretanto, parece-me que estamos tentando compreender a razão pela qual, em algumas situações, os pequenos desmontam diante de suas agendas abarrotadas, de suas notas “baixas” (oito ou nove) ou do segundo lugar em um campeonato.

Parece-me que não tolerar a frustração também pode ser “hereditário”.

Por Bibiana G. Malgarim

As 48 horas sem Tecnologia da Zero Hora

Hoje saiu no Jornal Zero Hora uma “experiência” que fizeram com o estagiário do Kzuka: 48 horas SEM tecnologia, ou seja, sem internet, sem celular, sem computador, sem Google! (Zero Hora de 24 de Junho de 2011)

Isso tudo em virtude de uma pesquisa norte americana, a qual comenta que os jovens sofrem de abstinência quando privados da tecnologia. A matéria acabou me fazendo pensar sobre o uso cotidiano da tecnologia e se realmente nos encontramos reféns dela.

E ainda,  como isso poderá (e será?) usado contra nós em algum momento.

Será que realmente conseguiríamos voltar a usar o telefone fixo sem maiores dores? Ou pesquisar em enciclopédias? Creio que não. Mas o que me solicita verdadeiramente em tudo isso é, pensar qual é a nossa medida. Isto é, como fazer um uso adequado de todas essas possibilidades tecnológicas (até porque estou escrevendo em um BLOG!) sem perder ou deixar de ganhar outras coisas, como relações próximas e afetivas, como ler bons livros, como exercitar tantas outras habilidades sociais importantes.

Qual é a medida sem cair em uma crise de abstinência? Há escolha nesse sentido?

Sobre a Geração Felicidade (Diário de Santa Maria)

21/08/2010 | N° 2586

REPORTAGEM

Geração Felicidade

Calças, camisetas, óculos e tênis coloridos. O happy rock faz o visual e a cabeça dos fãs do estilo

Basta dar uma volta nos locais mais frequentados pelos adolescentes para perceber que uma nova onda – colorida, feliz – acompanha a galera teen. Nos colégios, no Calçadão e nos shoppings da cidade, onde há uma calça verde-limão, há outra rosa-choque. Os integrantes da nova tribo atendem pelo nome de “coloridos”. Nada mais legítimo, porque as cores nem um pouco discretas não se restringem somente a uma peça do look. Elas também estão em camisetas, tênis, óculos e outros acessórios. Tanta criatividade para deixar o visual divertido deve ter uma inspiração nacional, não é mesmo? Uma não, várias. A principal se chama Restart.

Por essa banda, formada pelos jovens inspiradores Pe Lu, Pe Lanza, Thomas e Koba, fãs se reuniram na Praça Saldanha Marinho, no início deste mês, e organizaram o movimento Queremos Restart em Santa Maria. As quase mil assinaturas que foram recolhidas no abaixo-assinado serão enviadas ao empresário do grupo paulista. Em agosto, também foi realizada a primeira edição de Crazy Colors Fest, na qual tocaram os meninos da Dinks – banda santa-mariense que entrou na onda das cores.

– Se a Restart vier para cá, vamos enlouquecer! – sentencia Dévana de Souza Moura, 13 anos, ao pensar na possibilidade de o fenômeno colorido aterrissar por aqui.

– Dependemos apenas de as pessoas da cidade pedirem muito para os produtores de show. Não sabia do abaixo-assinado, mas fiquei muito feliz! Tenho certeza que, em breve, devemos aparecer por aí – comenta, por e-mail, Pe Lu.

A Restart disseminou a onda feliz na qual já estavam surfando outros grupos, como Hori, do cantor e ator Fiuk – outro ídolo da galera. Aliás, a novela Malhação ID, na qual Fiuk vivia o jovem Bernardo – ajudou a colorir a vida dos adolescentes. O sucesso do cantor foi tão grande que ele já está à frente do quadro Jogo da Verdade, do programa Fantástico. Nele, Fiuk comanda uma brincadeira de perguntas e respostas entre cinco jovens, de 15 a 19 anos.

Em busca de uma identidade diferente

O fato é que a turma dos coloridos parece deixar para trás a tribo dos emocores – emotional hardcore –, conhecida por usar roupas pretas e aparentar certa tristeza. Apesar de a música ter basicamente o mesmo som, com guitarras velozes e refrões-chicletes, em um ponto essas tribos são opostas: no sentimento. O estilo que acompanha os coloridos, criado pelos próprios meninos da banda Restart, é o happy rock. Feliz, como o próprio nome já diz.

– O adolescente gosta de buscar um contraponto. Possivelmente, daqui a algum tempo, vai surgir outro grupo para contrapor o dos coloridos. Adolescência é o período de reorganização da identidade – diz a psicóloga Bibiana Godoi Malgarim, 29 anos, especialista em crianças e adolescentes.

Na busca inconstante pela identidade, muitos adolescentes migraram da tribo dos emos para o grupo dos coloridos. Outros, no entanto, quando começaram a fazer as suas próprias escolhas, já estavam em plena “geração felicidade”. Isso mostra que grupos como NX Zero e Fresno podem até ser considerados “tios” da galera colorida.

Para os seus fãs, Pe Lu, Pe Lanza, Thomas e Koba criaram a família Restart. Os coloridos também são conhecidos por usar o símbolo S2 e por unir as mãos em formato de coração.

– A formação de grupos é supernatural. É o movimento para criar uma identidade diferenciada – diz Bibiana.

Natural e contagiante. Assim como a nova geração felicidade.

silvia.medeiros@diariosm.com.br

SÍLVIA MEDEIROS

(FONTE: Jornal Diário de Santa Maria.http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/dsm/capa,14,225,0,1365,Capa.html)

A primeira vez…

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