Não sou desses que crê, que se atira, que se derrete. Não sou o tipo que chora.
Não sou aquilo que se espera, mas ao mesmo tempo – e ironicamente – sou previsível.
Não há lágrimas a serem derramadas: não há dia, não há situação para isso.
Não me deixo abalar – aparentemente.
Não me deixo ser queixoso – na dúvida, lamento com alguns resmungos mudos que só o corpo sente.
Não me contenho, e na segunda lágrima, me exponho – e quem vê? Só quem puder ter olhos que enxergam dentro do que vai da gente e pode ver coisas que, muitas vezes, não são de gente, mas nos firmam todos os dias no que há de humanidade.
B.G.M, julho de 2016