Há um livro com o título “Um mundo sem limites”, cujo autor é um psicanalista que discute de maneira cuidadosa e interessante algumas questões atuais, as quais incluem uma que captura a atenção da área frequentemente nas rodas de discussões: a função paterna.
Essa função caracteriza a possibilidade do sujeito ser apresentado ao social, internalizar as questões da cultura e, por conseguinte, organizar-se como um sujeito subjetivado pelo meio no qual se encontra inserido. A Função Paterna era razoavelmente clara no século XX na classe burguesa, entretanto houve um “remanejamento” dessa função, a qual acarretou mudanças sociais intensas: novas configurações familiares, novos quadros de sofrimento, novas possibilidades de enlace com o social, etc. Por conseguinte a família também sofreu com esse deslocamento.
Uma questão que vem ao enlace das citadas acima é a adoção de crianças por casais homoafetivos. Novas configurações familiares se organizam na pós-modernidade, por conseqüência, deduz-se que novas subjetivações irão surgir igualmente, entretanto o que a psicanálise ainda não se ocupou é buscar saber aonde chegaremos e, que espaços devem ser buscados nessas “novas” possibilidades da instituição familiar.
Alguém quer chutar?
Bibiana G. Malgarim
Psicóloga – 07/13403
Mestre em Clínica da Infância
Especialistaem Psicoterapia Psicanalíticade Crianças e Adolescente