O luto não morre.
Ele é vivo.
Uma presença chata e constante.
Um olhar que vem de um canto.
Fica. Fica. Fica. E fica.
Visita que se acomodou.
Virou morador fixo.
Chato.
Desnecessário, mas não optativo.
Fica, fica… fica.
Posseiro, na espreita como de hábito, acomodou-se.
Não queria, mas não houve questionamento prévio.
Visita indesejada.
Mas, que visita é essa que faz morada?
Luto morador doído, inconformado, que não deixa esquecer.
E só o que eu queria era não lembrar para dar sossego, para parar de doer.
Ele fica, fica…
Escolhas aqui não são permitidas.
Lamentamos o inconveniente, mas Luto só vem, não vai.
Ele fica. E cria casa.
À você cabe escolhe: ou se avizinha conformado, ou, se muda!
Ops! Lamentamos informar: não há para onde ir.
Fica.